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AS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: UM DESVELAR SOBRE OS REFLEXOS NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
Resumo
Introdução: A história, ao mesmo tempo em que interfere nas políticas de saúde (ALMEIDA, 2008), também influencia no processo da formação dos profissionais que comporão o quadro dos sujeitos atuantes na implementação dessas políticas. Transitou-se de uma formação voltada para o desenvolvimento de habilidades de cunho exclusivamente técnico para uma que buscasse atender necessidades sociais, que tencionariam para necessidades de saúde. Objetivos: Realizar um diálogo reflexivo sobre as relações entre as políticas de saúde ao longo da história do Brasil e o processo de formação do enfermeiro. Método: Estudo reflexivo, com abordagem qualitativa, realizado por meio de leituras reflexivas sobre a história das Políticas Públicas do Brasil, e sua relação estreita com a conjuntura sócio, política, e econômica do momento. Resultados: O ensino de Enfermagem passou por diversas mudanças ao longo da história, transitou do foco na biologia para o social, contudo ainda se observam fragilidades, mas o processo de mudança é recente e inquietante. As mudanças na sociedade e nas políticas de saúde são fatores determinantes para a construção do ensino de enfermagem e formação de profissionais engajados com a realidade. Como exemplo tem-se o processo de implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), que alavancou modificações na organização das práticas de atenção e de gestão do sistema de saúde foram demandadas, mediante a formulação e ampliação de propostas de novos modelos assistenciais, envolvendo a diversificação dos serviços de saúde, os novos processos de qualificação dos trabalhadores e a natureza do trabalho em saúde, além de novas demandas da sociedade. Assim, novos paradigmas devem nortear a formação dos trabalhadores da área. O Programa de Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-saúde) surge como uma proposta de potencializar as diretrizes do SUS desde a formação do enfermeiro, direcionando esta com ênfase na Atenção Básica por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), dispositivo vital para a consolidação do SUS. Conclusão: Por meio dessa reflexão, pode-se constatar que o processo de formação do enfermeiro é intrínseco ao contexto social, político e econômico vigente, mas que por vezes essa conjuntura não é o suficiente para delimitar a formação profissional em saúde.
Palavras-chave
Políticas públicas; Ensino; Enfermagem; Formação de Recursos Humanos.
Referências
ALMEIDA, L.P.G. de; FERRAZ, C.A. Políticas de formação de recursos humanos em saúde e enfermagem. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 61, n. 1, Fev, 2008.