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O transtorno mental, outrora, compreendido como uma manifestação sobrenatural, desprovendo a racionalidade e a natureza humana. As pessoas acometidas eram excluídas da sociedade e encarceradas de forma desumana. Em seguida, esses cárceres foram transformados em manicômios. Através de observações empíricas, notou-se que o cárcere piorava o quadro. Na década de 80 promoveram a luta contra o tratamento segregacionista, que tomou força com o surgimento do Sistema Único de Saúde-SUS. Nesse contexto, foi desenvolvido a psicanálise e os psicotrópicos, subsidiando uma reforma da assistência psiquiátrica, substituindo os hospitais manicomiais por centros de atenção psicossocial, no intuito de resgatar a cidadania e estimular a reconstrução da autonomia social dessas pessoas. Objetivou-se buscar na literatura as dificuldades encontradas para efetivação da reforma psiquiátrica na reintegração de pessoas portadoras de transtorno mental. Realizou-se uma revisão integrativa. A busca ocorreu na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS no mês de novembro de 2013. Os descritores utilizados foram: Psiquiatria, Atenção à saúde, Transtorno e Enfermagem. Foram encontrados 44 resultados. Os critérios de inclusão foram estudos em português, identificando 13 resultados. Após leitura dos resumos, excluíram-se os não relacionados diretamente com a proposta, e as duplicidades resultando para análise sete artigos. Foram publicados no período de 2001 a 2008; encontrou-se estudos do tipo descritivo, reflexivo, qualitativo, relato de experiência, e de campo; publicados em revistas da área da saúde. Sendo os autores enfermeiros, assistentes sociais e advogados, evidenciado seu caráter interdisciplinar. Os estudos demonstram que as principais dificuldades encontradas para a efetivação da reforma é a fragmentação da assistência, ausência de orientação familiar e dificuldades da reintegração trabalhista, bem como a qualificação dos profissionais e instituições. Conclui-se que o despreparo da família advém da falta de orientação, que acontece devido à ausência de estrutura organizacional das instituições, educação e treinamento dos profissionais de saúde. Logo, urge uma nova formação profissional, pautada na atenção holística desses usuários e uma maior sensibilização desses profissionais no que se refere a sua importância nesse cuidado e nessa reintegração social, fortalecendo a corresponsabilização de todos os autores envolvidos e fortalecendo o vínculo instituição-profissional-família-sociedade.

Psiquiatria. Atenção à saúde. Transtorno. Enfermagem.