Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO DE PACIENTES PORTADORES DE DIABETES SOBRE TERAPIA DE INSULINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Clairton Edinei dos Santos, Maribel Josimara Bresciani, Greice Raquel Dettenborn, Zamara Silveira, Jaqueline de Oliveira, Leticia Oliveira, Lucia Beatriz Fernandes da Silva Furtado, Luciano Lepper, Lia Gonçalves Possuelo, Camila Schreiner Pereira, Marla Predoso, William Rezende, Aline Fernanda Fischborn

Resumo


Caracterização do problema: Devido à grande incidência de complicações decorrentes do tratamento inadequado dos pacientes portadores de Diabetes Mellitus (DM), torna-se necessário planejar estratégias de educação em saúde. Descrição da experiência: Bolsistas do PET-Saúde, da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), organizaram um grupo de assistência aos portadores de DM insulinodependentes, na área de abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Glória Imigrante, localizado na zona sul de Santa Cruz do Sul – RS, com a finalidade de atualizá-los em relação à doença que os acomete e seu tratamento medicamentoso, com foco na terapia de insulina. Participaram da atividade de grupo um total de 16 pacientes, além de cuidadores e membros da equipe de saúde. Os pacientes participantes do grupo responderam a um questionário visando identificar os perfis sociodemográficos. Os pacientes diabéticos e seus cuidadores foram convidados a assistir a uma aula dialogada, em que se abordaram aspectos importantes do DM e seu tratamento medicamentoso, dando atenção especial ao uso de insulina. O grupo de pacientes era formado por 3 homens e 16 mulheres, com idade média de 61 anos. A renda familiar de 93,75% dos pacientes era de até 2 salários mínimos. Em relação à escolaridade, 50% eram analfabetos. Em relação a sua doença, 75% dos participantes deste grupo não sabem qual tipo de DM tem. O tempo de utilização de insulina injetável entre os participantes variou de menos de 1 ano até 37 anos (média de 11 anos). Todos os participantes utilizam medicamentos por via oral, além da insulina injetável. Observou-se que todos armazenavam a insulina na geladeira, porém 57% em local inadequado, isto é, na porta do refrigerador. Em relação à prática de reutilização das seringas, a grande maioria (87,5%) as reutilizava, sendo que o número de reutilizações variava de 2 a 6 vezes. Efeitos alcançados: Após a realização da aula dialogada, percebeu-se que os pacientes tinham muitas dúvidas sobre a doença e o tratamento e que muitas foram esclarecidas. Sabe-se que, com o uso de insulina, são comuns as manifestações de hipoglicemia, não tanto pelo jejum, mas pela manipulação incorreta da medicação; ou de hiperglicemia, ocasionada pela não adesão ao tratamento. Recomendações: Espera-se que atividades como estas se tornam mais frequentes, pois é muito importante que o uso de insulina seja corretamente orientado, prevenindo estas manifestações que diminuem a qualidade de vida do paciente.