Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA
Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Fernanda Michelle Santos e Silva, Francisca das Chagas Cunha Gonçalves Neta, Samya Raquel Soares Dias, Tamires Barradas Cavalcante, Inez Sampaio Nery

Resumo


A violência obstétrica se refere a qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera, ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto e a desconhecem. Esta que não se limita só à violência física, mas, também, aos maus tratos, agressão verbal, etc. Desde a atenção básica, porta de entrada do serviço de saúde, se deve começar essa educação em saúde voltada à clientela para que situações do tipo possam ser coibidas.  O objetivo do estudo foi relatar a experiência de uma oficina sobre violência obstétrica destinada um grupo de mulheres gestantes de uma Equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em uma Unidade Básica de Saúde, na cidade Teresina-PI, vivenciada por discentes de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (UFPI), durantes os estágios de Julho de 2013.  A oficina foi ministrada em forma de dramatização e interação do público-alvo após as encenações, a fim de despertar o interesse da participação das gestantes. Em virtude disso, a oficina foi divida em três momentos: gestação, parto e puerpério, nos quais foram emitidas informações básicas sobre esses temas relacionando-os com a violência obstétrica. As gestantes foram estimuladas a refletir sobre a encenação e relataram que as situações mostradas já tinham sido vivenciadas por algumas delas, mas que desconheciam que se tratava de violência e por esse motivo não fizeram denúncia formal, por não saberem que seus direitos foram violados. As atividades desempenhadas foram significativas no sentido de alerta ao grupo sobre seus direitos, pois uma vez conhecendo-os, podem exigi-los e/ou coibir qualquer tentativa de violência ou ainda denunciar caso presenciem alguma situação relacionada. Acredita-se que este estudo favoreceu a conscientização das mulheres acerca do conceito da violência obstétrica e sua repercussão dentro do contexto familiar, comunitário e social, a fim de reduzir a invisibilidade da violência obstétrica por intermédio das ações de educação em saúde abordadas pelas equipes da Atenção Básica.

Palavras-chave


violência; atenção básica; complicações na gravidez.

Referências


Violência obstétrica e o modelo que queremos. Disponível em  http://www.redehumanizasus.net/62330-violencia-obstetrica-e-o-modelo-que-queremos. Acesso em 13 de dezembro de 2013.

Parto do Princípio – Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa. Violência Obstétrica “Parirás com dor” 2012. Disponível em http://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/SSCEPI/DOC%20VCM%20367.pdf. Acesso em 13 de dezembro de 2013.