Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM COMUNIDADE DO RECIFE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
Priscila Farias Stratmann, Nathália Ingrid Morais dos Santos, Raphaela Delmondes do Nascimento, Rennata Cristina Mariz Pereira, Mariana Ferreira de Souza, Mariana Paula Silva Vasconcelos, Thayza Maria Botelho Florencio, Maria Rafaela Amorim de Araujo, Camila Xavier de Melo, Luíse de Cássia Tszesnioski

Resumo


Caracterização do problema: A promoção à saúde se traduz em cuidados integrais, prevenção de doenças, e intervenção nos fatores de risco que ameaçam uma população. Tais ações são propostas a partir de um enfoque problematizador e análise de uma determinada área ou população. Tendo em vista, a supremacia das práticas curativas do modelo de saúde brasileiro, por muitas vezes as ações educativas em saúde não são prioridades. Descrição da Experiência: Partindo disto, os alunos de Enfermagem da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) executaram técnicas de mapeamento, cadastramento familiar e educação em saúde na comunidade de Passarinho Alto, localizada no Distrito Sanitário III de Recife, PE. Durante todas as ações houve supervisão de docentes da UPE e parceria dos profissionais da Unidade de Saúde da Família local, no período de março a junho de 2013. Efeitos alcançados: Para obter a descrição de saúde do território foram realizadas visitas domiciliares na área descoberta de Agentes Comunitários de Saúde abrangendo 246 famílias, das quais 173 tiveram seus cadastros concluídos. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica a Saúde. Das informações coletadas, destaca-se que apenas 16,3% das famílias não moram em área de risco e que 15,9% não faz uso de água tratada. Considerando que estes fatores influenciam no processo saúde-doença, as práticas de educação em saúde realizadas pelos estudantes permitiu a intervenção nos riscos e nos hábitos inadequados da população, abordando temas como higiene, alimentação e meio ambiente. Também foi tido como alerta a prevalência de agravos como câncer de mama, doenças sexualmente transmissíveis e hipertensão. Uma metodologia dinâmica e objetiva permitiu associar esses temas á realidade vivida pelos moradores, através de oficinas, palestras educativas e folhetos explicativos atendendo a diversos públicos e faixas etárias. Recomendações: Diante da experiência vivenciada se acentua a importância da Equipe de Saúde da Família em buscar um olhar integral à comunidade, estabelecendo uma relação entre as condições sócio ambientais e o processo saúde-doença. É fundamental que na Atenção Básica a Saúde, além de ações curativas, exista acompanhamento por programas e projetos em prol da qualidade de vida e promoção de saúde das famílias.

Palavras-chave


Educação em Saúde;Enfermagem em Saúde Comunitária;Atenção Primária à Saúde

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2488, de 21 de outubro de 2011. Política Nacional de Atenção Básica. Ministério da Saúde. Brasília, 2011.

Savassi LCM, Dias MF. Visita domiciliar: Grupos de estudo em saúde da família. Disponivel em: <http://www.smmfc.org.br/gesf/gesfvd.htm>. Acesso em: 02 abr. 2008.