Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
PRESENÇA DE FATORES DE RISCO PARA INFERTILIDADE EM MULHERES COM ESSA QUEIXA
Andrezza Alves Dias, Rebeca Pinho Romero Vieira, Raquel de Serpa Torres Martins, Andressa Carioca Bezerra, Lidiane Nogueira Rebouças Aguiar, Escolástica Rejane Ferreira Moura

Resumo


Introdução: A assistência ao Planejamento Familiar (PF) no Brasil está assegurada pela Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996. Apesar de a assistência aos casais inférteis estar igualmente garantida, os esforços estão concentrados na área da anticoncepção, mantendo esse público-alvo à margem dos cuidados da atenção básica direcionados ao aumento da chance de concepção, bem como a identificação de fatores de risco para infertilidade. Objetivo: Identificar os fatores de riscos para infertilidade entre mulheres com essa queixa. Método: Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, realizado com 64 mulheres acompanhadas no Centro de Desenvolvimento Familiar, anexo da Universidade Federal do Ceará, após serem captadas em 28 Centros de Saúde da Família do município de Fortaleza, Ceará, Brasil, por meio de entrevista, de maio a novembro de 2012. Foi realizada análise estatística simples, utilizando-se frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Foram seguidas as recomendações éticas da Resolução 196/96. Resultado: Os fatores de risco das mulheres e de seus parceiros para infertilidade foram organizados em fatores biológicos, ambientais e comportamentais. Os dados relacionados ao sexo masculino foram fornecidos por apenas 6 (9,4%) dos parceiros, e os demais foram respondidos pelas mulheres, baseados em suas percepções. Dentre os biológicos, os ovários micropolicísticos (16; 25%) e o comprometimento do aparelho reprodutor masculino (15;23,4%) foram os mais prevalentes. No que diz respeito aos ambientais, o estresse foi reconhecido por cerca de metade dos homens (31; 48,4%) e das mulheres (37; 57,8%). O sedentarismo, como fator comportamental, foi mais elevado nas mulheres em questão (56;87,5%) e nos seus parceiros (42; 65,6%), estando, no caso das mulheres, diretamente relacionado ao índice de massa corporal alterado, evidenciado em parcela significativa das participantes (47; 83,9%). Conclusão: O profissional de saúde da atenção básica, em particular o enfermeiro, deve reconhecer os fatores de risco para infertilidade, principalmente os que são modificáveis e explicá-los ao casal que deseja gestar, visando uma postura laboral diferenciada, através de orientação de mudança de comportamento. Dentre os fatores de risco não modificáveis, como doenças crônicas, deve ser realizado o acompanhamento, com o intuito de reduzi-los e/ou controlá-los.

Palavras-chave


Infertilidade; Cuidados de Enfermagem; Atenção Primária à Saúde