Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELO DESCARTE DE RESÍDUOS DE MERCÚRIO ODONTOLÓGICOS PELAS UNIDADES DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, GERENCIADAS PELA SPDM AP 5.3
Marcello Barboza de Souza, Alex Fernandes Machado, Carlos Alberto Lirio Avelino, Tatiana Lopes Simões

Resumo


Descrição da Experiência: O mercúrio é o único elemento metálico líquido à temperatura ambiente, possui caráter nobre e forma compostos orgânicos e inorgânicos. Apesar da proibição em muitos setores, tais como tintas (corantes), agrotóxicos, termômetros e farmacoquímicos, o mercúrio ainda é bastante utilizado nos serviços odontológico, pois estabelece liga metálica facilmente com muitos outros metais como o ouro ou a prata produzindo amálgamas. O amálgama de prata é utilizado na reparação dentária, devido às suas excelentes características físicas e mecânicas, custo relativamente baixo e facilidade de manipulação. Assim, os profissionais de saúde bucal estão diariamente expostos ao mercúrio e aos riscos de contaminação, por meio da manipulação do amálgama, bem como os pacientes, principalmente aqueles submetidos a procedimentos demorados, ou os que necessitam de retornos constantes e o meio ambiente quando são dispostos impropriamente no lixo, ou se descartados nos sistemas. Caracterização do Problema: As unidades de Saúde da Área de Planejamento 5.3 (que abrange os bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba) sempre utilizaram esse tipo de material nos procedimentos odontológicos, porém nunca tiveram um descarte adequado dos resíduos de amálgama gerados, somente sendo acondicionados nos próprios consultórios em recipientes de plásticos com água, por longos períodos, sem um controle ambiental e ocupacional efetivo. Efeitos Alcançados e Recomendações: Como parte integrante do programa de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) que tem o objetivo de definir medidas de segurança e saúde para o trabalhador, garantir a integridade física do pessoal direta e indiretamente envolvido, bem como a preservação do meio ambiente a Associação Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) assumiu a responsabilidade de descartar corretamente os resíduos de amálgama gerados e acumulados já há muito tempo nestas unidades de saúde, trazendo aprimoramento e estruturação dos procedimentos relativos à geração, segregação, acondicionamento, transporte e consequentemente tratamento e disposição final dos resíduos de mercúrio. A contratação de uma empresa especializada e com licenciamento ambiental para recolhimento e tratamento final desses resíduos tornou-se fundamental para a efetiva execução do programa. Uma quantidade de 50kg de amálgama de prata foram devidamente encaminhados e tratados, evitando que esse material desprezado incorretamente no meio ambiente.

Palavras-chave


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS; AMÁLGAMA ODONTOLÓGICO; MERCÚRIO

Referências


Gerenciamento dos Resíduos de Mercúrio nos Serviços de Saúde / Ministério do Meio Ambiente.Agência Nacional de Vigilância Sanitária– Brasília: MMA, 2010.