Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONTEXTUALIZANDO GÊNERO E SAÚDE DO HOMEM: REFLETINDO A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE OS CUIDADOS À POPULAÇÃO MASCULINA
Grayce Alencar Albuquerque, Jameson Moreira Belém, Jeane Fonsêca Cavalcanti Nunes, Mônica Fonseca Leite, Maria Juscinaide Henrique Alves, Ítalla Maria Pinheiro Bezerra, Fernando Adami

Resumo


Introdução: O discurso sobre os cuidados em saúde do homem tornou-se crescente na atualidade em decorrência do aumento dos indicadores de morbimortalidade masculina, essencialmente associada a condições crônicas, degenerativas, infectocontagiosas e por causas externas, relacionados inclusive, aos condicionantes de gênero, o que revela a necessidade de ações programáticas que contemplem homens jovens e adultos na oferta de serviços da Atenção Básica. Tais ações constituem um novo campo para atuação da enfermagem, e esta como integrante da equipe multidisciplinar da Estratégia Saúde da Família, tem a responsabilidade de atuar junto ao público masculino, desenvolvendo uma abordagem atrativa que considere as diferentes necessidades de saúde dos homens, a partir do contexto sociocultural e da perspectiva relacional de gênero. Objetivo: Conhecer a assistência de enfermagem à população masculina sob a perspectiva de gênero. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com 10 enfermeiros que trabalham nas Estratégias Saúde da Família, inseridas na zona urbana, do município de Juazeiro do Norte – CE, no período de agosto a setembro de 2013. As informações obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas foram transcritas e organizadas segundo a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Identificou-se que os/as participantes do estudo atribuem de fato a pouca presença dos homens nos serviços de saúde aos estereótipos de gênero, associando o sexo masculino à invulnerabilidade. Apontam a dificuldade de atenção ao homem associado à incompatibilidade do horário de atendimento da ESF com as atividades produtivas masculinas, como provedores do lar. Ainda, relatam que é mais comum a presença do sexo masculino nos serviços associados ao programa do Hiperdia (Hipertensão e Diabetes). Para tentar elevar a demanda masculina, a enfermagem realiza atividades de educação em saúde e atendimento diferenciado, levando-se em consideração as relações de gênero implícitas. Conclusão: Faz-se necessária a educação continuada e a capacitação dos profissionais de enfermagem para atuarem frente às propostas da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem, bem como construir e aprimorar os conhecimentos sobre gênero, pautando a assistência a fim de compreender as especificidades que envolvem o processo saúde-doença na população masculina, reconhecendo as suas necessidades e solucionando eficientemente as suas demandas.

Palavras-chave


Gênero; Masculino; Enfermagem; Atenção Primária à Saúde.