Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE – INTERFACE COM SAÚDE DO CAMPO E MOVIMENTOS SOCIAIS
Daniela Donação Dantas, Camila Góes, Gines Villarinho, Thaís Machado Dias, Priscila Medrado

Resumo


Relato da experiência do estágio dos Residentes de Medicina de Família e Comunidade da Universidade Federal da Paraíba com comunidades rurais que busca uma experiência de educação popular em saúde do campo, envolvendo a residência de MFC, a Equipe de Saúde da Família, as comunidades e o movimento social a que estas pertencem (MST), através da inserção nos serviços de saúde da atenção primária, assim como nas práticas populares de cuidado ocorridos nos assentamentos Zumbi e Tiradentes, na cidade de Mari-PB. Objetivos Específicos: Inserir a temática da Saúde do Campo no programa de residência de MFC da UFPB;Proporcionar o contato do residente com as condições de vida e da assistência à saúde da população do campo;Proporcionar aos residentes, à ESF e aos moradores dos assentamentos a compreensão do processo saúde-doença, para que identifiquem as diversas variáveis implicadas, capacitando-os para intervir nesta realidade; Realizar momentos de estudos e debates em Saúde do Campo; Educação Popular; Práticas Populares de Cuidado; Participação Popular entre outras que venham a surgir das ações em campo. O estágio tem duração de seis semanas e consiste em visitas semanais, realizadas por um residente em companhia do preceptor, aos assentamentos Tiradentes e Zumbi, na cidade de Mari-PB. São realizadas atividades práticas: reunião com comunidade, visitas domiciliares, articulação com ESF e gestão municipal. Também são realizados debates teórico-práticos de 1 hora, abordando os temas relatados na seção anterior ou qualquer outro que se torne necessário. Cada rodízio tem um eixo temático norteador indicado pelos atores envolvidos que deve ser estudado, debatido e desenvolvido na prática. Isto resulta numa devolutiva para a turma de residentes, ao final de cada rodízio, em que se busca associar os dados produzidos nos territórios, ferramentas de Medicina de Família e Comunidade e a realidade nas Unidades de Saúde de origem em relação com o eixo temático em questão. São oito encontros teóricos, anualmente. No mais, pretende-se fortalecer os coletivos de saúde existentes nestes dois assentamentos, de forma a envolvê-los de fato na construção de uma estratégia de saúde da família do campo. Para tanto, vem sendo realizado um planejamento coletivo com as comunidades no qual definimos as ações da residência naquele território, os eixos temáticos dos residentes e os conteúdos a serem abordados nos debates teórico-práticos semanalmente.

Palavras-chave


MST; Medicina de Família e Comunidade; Residência; Educação

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