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A EDUCAÇÃO QUE PRODUZ SAÚDE: O TRABALHO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NAS ESCOLAS COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO ESCOLA E ATENÇÃO BÁSICA
Resumo
Introdução: o presente estudo tem por base a explanação de uma experiência de campo na perspectiva de atividades de educação em saúde desenvolvidas por uma Estratégia de Saúde da Família – ESF como ferramenta viabilizadora de aproximação dos eixos saúde e educação na comunidade onde estão inseridas a Escola e a ESF. O contexto desenvolve-se no espaço da escola onde os alunos são convidados em parceria com os professores a participar de grupos de educação em saúde, realizados pelos profissionais da equipe da ESF e da residência multiprofissional, com as mais variadas temáticas contextualizando a perspectiva da totalidade biopsicossocial dos seres. Objetivos: Relatar a experiência de grupos de convivência com crianças na escola na perspectiva de entender a importância da aproximação do espaço da escola ao da unidade de saúde como interlocução fundamental na qualidade de vida e saúde dos usuários dos serviços. Método: Os grupos de convivência ocorrem semanalmente, com encontros pela manhã em horários previamente pactuados com os professores responsáveis pelas turmas. Esta ação foi criada após o diagnóstico de que as crianças não compareciam a unidade e que também a unidade não oferecia nenhum serviço específico para este segmento. Com isto, viu-se a oportunidade de estar presente no ambiente em que eles mais se encontram e onde ocorre a sua formação, tanto intelectual como social, que é a escola. A partir disso, para realizar estes grupos foi elaborado um esboço metodológico com objetivos, metas, especificação dos participantes. Resultados: Nesses grupos, os sujeitos partilham ideias, estudam e assumem juntos conflitos, vitórias e derrotas, reconhecem sua individualidade, colocando o grupo como referência e apoio para a afirmação pessoal e construção coletiva. Torna-se possível a educação em saúde, sendo compreendida como um conjunto de práticas pedagógicas de caráter participativo e emancipatório, que perpassa vários campos de atuação e tem como objetivo sensibilizar, conscientizar e mobilizar para o enfrentamento de situações individuais e coletivas que interferem na qualidade de vida. Conclusão: Compreende-se que a escola é o principal ambiente para o desenvolvimento de relações, do senso crítico e político e para construção de valores pessoais e maneiras de conhecer e viver em sociedade. Nessa perspectiva, a educação em saúde insere-se como ferramenta eficiente na intervenção não somente quanto ao processo de saúde-doença, mas seus entremeios biopsicossociais.
Palavras-chave
saúde, educação, internato não médico