Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO DA PRÁTICA INTERDISCIPLINAR A PARTIR DE VIVÊNCIAS DO PET-SAÚDE
Isadora Selistre Machado, Elenir Fedosse, Silvana Basso Miolo, Giana Berleze Penna, Xavéle Braatz Petermann, Maria Saleti Lock Vogt

Resumo


A interdisciplinaridade tem ganhado destaque em todas as discussões que abordem os problemas atuais em saúde. Este termo consiste na interação e na troca incessante dos saberes das diferentes áreas da saúde, estabelecendo vínculos que proporcionem um conhecimento mais abrangente. No entanto, na saúde pública, nem todos os profissionais integrantes das equipes conseguem desenvolver a atividade interdisciplinar, pois esta precisa de pessoas que tenham as atitudes que visem à integração. O trabalho interdisciplinar exige incentivado durante a formação, fazendo com que a universidade se torne não só o agente fundamentador desse princípio, mas também o autor da mudança na formação dos profissionais de saúde a partir da comunicação entre os diferentes campos da saúde. O Programa da Educação pelo Trabalho para Saúde (PET–Saúde) vem com o intuito de desenvolver essa habilidade a partir de vivências entre onze cursos da saúde da UFSM. O sub-projeto Atenção Primária do PRO-PET saúde permite experiências através de práticas em Unidades Básicas de Saúde/Estratégias da Saúde e da Família, cuja finalidade é oportunizar o dia a dia no serviço de saúde abrangendo atividades que envolvam o núcleo profissional, mas principalmente o campo profissional. Estas atividades incluem vivências dentro de todos os setores da atenção primária, visitas domiciliares e a participação em grupos de promoção de saúde.  Além disso, há reuniões quinzenais no sub-projeto Atenção Primária para proporcionar trocas com demais colegas sobre as experiências, para nivelar o conhecimento sobre saúde, para avaliar o impacto nos serviços e nos estudantes e para discutir possíveis intervenções em casos específicos ou não. Nota-se que os estudantes petianos sentem-se em vantagem comparados aos não-petianos, acarretando uma bagagem em sua formação que somente o contato direto com os problemas em saúde e as possíveis soluções é capaz de proporcionar. Além disso, a presença dos estudantes reforça aos trabalhadores do SUS a importância na mudança do pensamento individualista atual, levando as equipes a perceberem a integração não somente como uma opção, mas o meio cogente para alcançar melhores resultados, pois a falta da união leva a fragmentações tanto na própria equipe como na formação das redes de atenção. Assim, ressalta-se a necessidade de envolver o maior número de estudantes em programas como o PET, que proporcionem a ida ao serviço e permitam o convívio com diferentes profissões, pois isto garantirá a realidade interdisciplinar do futuro.