Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE: PERCEPÇÃO DOS DISCENTES DO CURSO DE ENFERMAGEM/UFRN
Rejane Millions Viana Meneses, José Jailson de Almeida Junior, Rafael Tavares Silveira Silva

Resumo


Relata o envolvimento dos pesquisadores e discentes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) junto ao grupo de idosos da Associação Inaraí, organização não governamental dedicada à formação, capacitação e valorização das pessoas da terceira idade, situada na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. Tal experiência contemplou a promoção à saúde, a detecção de potenciais perigos a saúde no grupo de idosos estudado e a disseminação de noções relativas ao autocuidado. Oportunizou, ainda, distinguir que a Estratégia Saúde da Família (ESF) representa considerável avanço quanto ao modelo assistencial em saúde, sob a ótica biopsicossocial do idoso e o processo de envelhecimento. Objetivou traçar o perfil epidemiológico do grupo formado por integrantes da terceira idade da Associação Inaraí, contribuindo para a criação de novas ações que beneficiem a qualidade de vida, disseminar informações sobre a relevância do autocuidado e identificar os idosos participantes com potenciais riscos de saúde e encaminhá-los aos serviços competentes. Trata-se de estudo descritivo e quantitativo com a realização da coleta de dados realizada em dezembro de 2009, através de formulário com questões abertas e fechadas, dividido em dois eixos: caracterização e aspectos relacionados à saúde pela amostra de vinte e uma idosas, participantes dos encontros realizados na Associação Inaraí. Todos os entrevistados eram do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 81 anos contabilizando 21 participantes. Quanto aos aspectos relacionados à saúde, houve prevalência de doenças características da população idosa tais como: diabetes mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, artropatias, obesidade, aterosclerose, Acidente Vascular Cerebral e a doença de Parkinson. Entretanto, observou-se que a maioria possui hábitos de vida saudáveis e a prática de exercícios físicos regulares. Oportunizou identificar dificuldades e limitações usualmente encontradas na senectude, trazendo perdas biológicas, emocionais, sociais e, consequentemente, vulnerabilidade. Propiciou a percepção da interação resultante desta convivência que contribui para o bem estar biopsicossocial, além da melhoria de expectativa de vida. Neste consenso, a inserção assertiva dos acadêmicos nas ações propostas favoreceu as reflexões sobre a extensão de tais discussões, a necessidade de conscientização oriunda das organizações governamentais e da sociedade, resultando em maior sensibilização e participação efetiva.

Palavras-chave


Envelhecimento; Qualidade de vida; Enfermagem.

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