Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FATOR REPOLITIZANTE DO SUS: O CASO DA QUALIFICAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS EM SAÚDE NO RS
Alexandre Gamba Menezes

Resumo


Caracterização do problema: A educação em saúde na atenção básica caracteriza-se como processo de mudança na formação e desenvolvimento de agentes comunitários de saúde para a transformação/evolução do modelo de atenção à saúde contribuindo para a consolidação do Sistema Único de Saúde em seus princípios e diretrizes. O maior problema do processo é desenvolver metodologias efetivas de ensino que sensibilizem e estimulem os ACS a participarem efetivamente do processo de repolitização do SUS, e não apenas cumprindo suas competências estipuladas na legislação sanitária vigente como mero trabalhador de saúde. O desafio de qualificar profissionais que atendam às necessidades do SUS implica, dentre outras mudanças, profundas alterações na forma de organização da formação destes profissionais. Descrição da experiência: No sentido de conceber aulas realmente interessantes e com conteúdo didático de qualidade formou-se um grupo para a elaboração das aulas composto por docentes de universidades, gestores, profissionais dos serviços, estudantes, representantes de movimentos sociais e populares listando os temas conforme as competências dos agentes estipuladas em lei. Os temas foram distribuídos juntamente com as demandas regionais para cada integrante do grupo. Cada aula foi criada e debatida no grande grupo pelo menos quatro vezes adequando o conteúdo ao tipo de método/dinâmica a serem usados para ministrar a aula. Trabalhou-se com o conteúdo empregando: técnicas teatrais para aperfeiçoar as competências profissionais, dinâmicas de grupo para valorizar a importância dos diferentes saberes dos ACS, músicas e vídeos que provocassem o debate das funções dos diferentes profissionais de saúde. Efeitos alcançados: Criação de grupos de debates entre os ACS que fizeram a qualificação e os demais agentes de suas unidades de saúde. Houve uma melhora na qualidade da coleta de dados do SIAB. Propiciou-se ainda uma maior integração dos ACS com a comunidade e equipe de trabalho e ainda sensibilizaram a população na participação social em defesa do SUS. Recomendações: Recomenda-se que a cada nova capacitação todos os atores envolvidos na elaboração das aulas seja consultados e sejam feitas atualizações conforme o conteúdo legal e as novas diretrizes do SUS visando à adequação a demanda local e propiciando um novo debate sobre as reais necessidades de qualificação dos ACS.

Palavras-chave


Agente Comunitário de Saúde; Educação em Saúde; Participação Social

Referências