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O USO DE (VELHAS) NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA BUSCA DE UMA PRÁTICA REFLEXIVA E DA AUTONOMIA DOS SUJEITOS
Resumo
A atenção em saúde transcorrida antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) à contemporaneidade perpassa um ambiente complexo de modificações estruturais e conjunturais, que recaem diretamente na organização dos serviços e na relação profissional-usuário. De um conceito biológico e prática vertical e distanciada, evolui-se para a humanização do cuidado, prática dialógica, horizontal e conceito ampliado de saúde. Entretanto, ainda é preciso amadurecimento concreto desta perspectiva e da figura do ‘’paciente’’ como sujeito ativo e com saber a ser valorizado. Com isso, tem-se objetivo de produzir material audiovisual educativo e problematizador sobre os caminhos percorridos e em construção do modelo de atenção em saúde atual e de como é primordial a participação dos mesmos neste processo, em busca do SUS de direito. Descrição da experiência: Elaborou-se material audiovisual educativo e lúdico, com o uso da técnica de animação em fotograma, stop motion - que valoriza o redesign retrô, inspirado em aspectos artísticos clássicos - com recorte moderno e o uso de simbologias e conceitos do cuidado em saúde. Utilizou-se de personagens de animação que transfiguram sua imagem segundo a mensagem emitida. Efeitos alcançados: O vídeo mostrou-se como recurso inovador para comunicação e informação em saúde, ao congregar arte, criatividade e ludicidade; ser aplicável a pessoas das diversas fases do ciclo de vida; e, favorecer ao público despertar sentidos e percepções para além da comunicação verbal e formal, com vistas a aguçar a criticidade e construir problematizações coletivas sobre os temas em foco. Recomendações: O seu uso em Rodas de Conversa mostra-se como oportunidade valiosa para fomentar reflexões críticas sobre a realidade dos serviços locais, a mobilização social para o envolvimento mais efetivo na construção/transformação das práticas de saúde, na perspectivada de cogestão de coletivos. É imperativo fortalecer espaços de educação em saúde, com vistas a fomentar maior expressão da subjetividade e impulsionar mudanças nas relações entre atores sociais nas práticas de saúde na comunidade. Apenas com a soma de saberes e a multiplicação de sujeitos ativos é que se pode vislumbrar a interligação efetiva dos determinantes e condicionantes da saúde e, assim, realizar um cuidado integral dos sujeitos que demandam tais serviços.
Palavras-chave
produção audiovisual; serviços de saúde; sujeitos ativos