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ANÁLISE DAS PRINCIPAIS MODELAGENS DE GESTÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NO ESPÍRITO SANTO
Resumo
A gestão do trabalho em saúde pode significar a mediação política e técnica entre os objetivos éticos e políticos do SUS e os objetivos de gerenciamento da força de trabalho disponível, tornando-se uma função política, que deve ser desempenhada com competência e efetividade, uma vez que, é consenso de que não existe organização eficaz sem uma gestão eficaz, ou seja, sem um trabalho hábil de prever, organizar, dirigir e avaliar os recursos humanos, materiais e financeiros para atingir os objetivos organizacionais com a população a ser atendida. O objetivo é analisar as principais modelagens de gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF) no Espírito Santo (ES) e identificar o perfil dos gestores da ESF. Trata-se um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, que está sendo realizado em 39 municípios selecionados por sorteio aleatório estratificado no ES. A população do estudo compreende o conjunto de gestores responsáveis pela gestão dos trabalhadores da ESF dos municípios do ES: Secretário Municipal de Saúde; Coordenador Municipal da ESF; Coordenador Municipal de Recursos Humanos; e Coordenador das Unidades de Saúde da Família. A coleta dos dados está sendo realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com base em um roteiro guia. A análise de discurso é a base da análise dos dados. Nos resultados preliminares foi identificado um conhecimento limitado sobre as políticas de gestão do trabalho formuladas pelo Ministério da Saúde. Iniciativas voltadas para a melhoria de relações, condições e processos de trabalho das equipes foram reduzidas e incipientes. Os efeitos desse escasso investimento repercutem nos trabalhadores como insatisfação e insegurança. Assim, apesar do incremento na formulação de políticas de gestão do trabalho e da educação para o Sistema Único de Saúde em âmbito federal, a pesquisa aponta para a necessidade de estudos que auxiliem na ampliação de ferramentas que promovam maior visibilidade e conhecimento sobre essas políticas pouco conhecidas, o que limita sua implementação. Além disso, ainda que os entrevistados reconheçam a importância da gestão do trabalho para o favorecimento de um maior protagonismo dos sujeitos envolvidos na produção da saúde, verifica-se que esse reconhecimento ainda se encontra mais no plano do discurso e não se reflete na agenda política municipal.
Palavras-chave
gestão em saúde; Programa Saúde da Família; Recursos Humanos em Saúde.
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