Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SÍFILIS CONGÊNITA NUMA MATERNIDADE PÚBLICA: ÊNFASE NA CARACTERIZAÇÃO E OPINIÃO DAS PUÉRPERAS
Camila Freitas Martins, Ruanna Lorna Vieira Fernandes, Paula Medeiros Machado Carrion, Raquel de Serpa Torres Martins, Alline Falconieri de Moura, Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso

Resumo


Introdução: A Sífilis Congênita (SC) é o resultado da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto por via transplacentária. Objetivos: Traçar o perfil de puérperas e Recém-nascidos (RN) diagnosticados com SC em uma maternidade pública e avaliar a opinião da puérpera, se durante o pré-natal (PN) foram informadas a respeito do diagnóstico, tratamento e riscos da sífilis para mãe e RN. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com caráter quantitativo que foi realizado nos alojamentos conjuntos e nas três unidades neonatais de uma maternidade pública de Fortaleza/CE. A amostra foi composta de 20 mães e 20 RN com diagnóstico de SC, de setembro a novembro/2011 e aprovado sob protocolo nº 82/11. Resultados: Das puérperas 75% eram de Fortaleza, 50% eram solteiras, 65% apresentou idade entre 20 e 30 anos, 40% delas com escolaridade do ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. Todas as mulheres realizaram consultas de PN, no entanto houve 45% que fizeram 5 ou 6 consultas iniciadas no 1º trimestre de gestação. Quando questionadas sobre o exame de VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), 85% relataram terem realizado no PN com 70% destes sendo reagentes. Quanto à importância de realizar o exame no PN 80% afirmaram que sabiam dessa importância, 65% eram cientes quanto aos riscos da doença para ambos, 45% afirmaram conhecer o exame de VDRL, porém 65% não sabiam qual a sua finalidade. Apenas 55% fizeram o tratamento no PN, mas apenas 18,2% foram tratadas adequadamente juntamente com o parceiro. A maioria relatou que o parceiro não foi tratado porque não o comunicou. Dos RN 55% são do sexo masculino com 70% nascidos de parto vaginal. A idade gestacional de maior predominância foi maior que 37 semanas e 70% acima de 2500g de peso. Os exames realizados nos RN foram hemograma completo (HC), VDRL em sangue periférico e do líquido cefalorraquidiano, Raio-X de ossos longos e outros, como: exame oftalmológico, auditivo, Proteína C-Reativa (PCR) e ultrassom transfontanelar. O tratamento de escolha em 95% dos RN foi com Penicilina G Cristalina. Conclusão: A enfermagem possui grande importância nesse contexto, pois deve expandir as ações de educação em saúde no âmbito do SUS para atuar efetivamente com a SC, especialmente no que se refere aos assuntos relacionados a orientação quanto a doença, seu diagnóstico, tratamento e riscos relativos a mãe e o bebê.

Palavras-chave


Sífilis Congênita; Conhecimento; Enfermagem