Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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TECNOLOGIA ASSISITIVA, INCLUSÃO SOCIAL E SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: OLHARES PSICOLOGIA SOCIAL
Pedro Marinho dos Santos Junior

Resumo


O presente trabalho, busca através do referencial bibliográfico discutir sob o embasamento da psicologia social, a relação entre a saúde da pessoa com deficiência e tecnologia assistiva. “A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando- os e privando-os de liberdade” (MACIEL, 2000, p. 51). No enfrentamento dessa realidade, a implantação da “Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência coloca como principal objetivo a reabilitação da pessoa com deficiência na sua capacidade funcional e de desempenho humano [...]”(BRASIL, 2008, p.3), com objetivo de contribuir para a inclusão social e prevenção dos agravos nas questões de saúde funcional, social e psíquica. A capacidade funcional resgatada no processo de reabilitação visa proporcionar o maior nível de independência, qualidade de vida e inclusão social, não basta apenas o resgate da função do membro afetado, mas inserir o usuário em seu próprio contexto comunitário e nas realidades cotidianas de suas atividades lúdicas, sociais, de lazer, trabalho e estudos. O desenvolvimento tecnológico possibilitou ferramentas para facilitar o movimento físico, social e virtual das pessoas com deficiências através das tecnologias assistivas, no entanto os objetos por si só não fazem a mudança social, assim a Psicologia Social também lança seu olhar para essa parcela da população através dos seus conceitos e formas específicas de enxergar a realidade dos excluídos. O entendimento de “incapacidade” era correlato a uma situação física da pessoa, o nível orgânico, atingido por uma anormalidade estrutural; “deficiência” que passa a ser a descrição para limitação da realização de atividades devido a uma incapacidade, o impacto dessa incapacidade no desempenho funcional cotidiano; “desvantagem”designa a limitação no desempenho de um papel social. Pautado no modelo biomédico, essa definição apontava para a incapacidade como origem de deficiência, com a ICF 2002, mais três dimensões da funcionalidade humana são consideradas: participação social, o corpo e execução de atividades. A deficiência passa agora pela disfuncionalidade em um os mais desses níveis, a classificação sugere o modelo biopsicológico. A Tecnologia Assistiva enquanto recurso para facilitar o processo de reabilitação, também pode facilitar a inclusão social das pessoas com deficiência quando trabalhada nas comunidades para favorecer o acesso aos diversos grupos presentes no território. Os profissionais da saúde que trabalham na área da reabilitação devem estar dispostos a ver as possibilidades da inserção social facilitada pelas tecnologias como parte integrante da saúde.

Palavras-chave


saude da pessoa com deficiencia, tecnologia assisitva, inclusão social

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