Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
ADOLESCÊNCIA E HANSENÍASE: SINGULARIDADES E CAMINHOS NA REDE DE CUIDADOS EM SAÚDE
Raiana Fernanda da Silva Santos, Camila Xavier de Melo, Danielle Christine Moura dos Santos, Raphaela Delmondes do Nascimento, Marize Conceição Ventin Lima, Ruanna Sandrelly de Miranda Alves, Ragive Ferreira de Souza, Jéssica Pinto Santos, Edgar da Silva Fontes, Monique Vieira de Oliveira

Resumo


Introdução: A hanseníase pode acometer todas as faixas etárias. A prevalência da doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos é maior em países endêmicos, revelando a persistência na transmissão do bacilo e as dificuldades dos programas de saúde para o controle da doença. O estudo trata-se de um relato de caso que aponta as vivências de uma adolescente acometida pela hanseníase e as singularidades do seu processo de diagnóstico e tratamento. Objetivo: Compreender a trajetória terapêutica do adolescente atingido pela hanseníase do diagnóstico ao tratamento da doença. Materiais e Métodos: Estudo qualitativo, descritivo por meio da história oral: realizado no município de Jaboatão dos Guararapes-PE, com quatro sujeitos, uma portadora de hanseníase, uma familiar e dois voluntários do Morhan. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e documentos e analisados por meio da análise de conteúdo. Resultados: F.S.F., 18 anos, residente em Jaboatão dos Guararapes – PE. Estudou até o 5° ano, incompleto. Os primeiros sinais e sintomas da Hanseníase surgiram aos 14 anos, com mancha na região das costas, diagnosticado como “pano branco” na Unidade de Saúde da Família. A mancha persistiu. A doença evoluiu. Houve suspeição de hanseníase por um vizinho que sugeriu procurar unidade de referência. Foi confirmada hanseníase do tipo wirchowiana. O tratamento foi iniciado e concluído no período de um ano. Atualmente refere dores nas mãos e ferida puntiforme em calcâneo esquerdo. Devido ao grau de incapacidade, foi encaminhada a Previdência Social. Durante o tratamento, uma voluntária do Morhan encontrou a jovem por intermédio da Unidade de Saúde, o que contribui para orientar a família a respeito da doença e de seus direitos. Conclusões: A partir do caso em estudo observa-se que o diagnóstico precoce é essencial para a prevenção de incapacidades e controle da doença. Nota-se que o há uma cadeia de transmissão intrafamiliar e vizinhança. Por isso é fundamental a clínica ampliada, por meio de um cuidado integral que fortaleça a rede de apoio social e de educação em saúde nos municípios para a diminuição da prevalência e incidência de casos em crianças e adolescentes.

Palavras-chave


Hanseníase; Adolescente; Diagnóstico