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O PET/“Vidas em Rede” é parceria entre a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/Betim, a Secretaria Municipal de Saúde, a Secretaria Municipal de  Educação do município de Betim e o Ministério da Saúde destinado ao enfrentamento da gravidez na adolescência. Caracteriza-se como interdisciplinar e articulam os cursos vinculados à área da saúde, tais como Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem e Medicina. O cenário de prática é o município de Betim, localizado a 30 km de Belo Horizonte/MG e considerado um polo industrial. Nas últimas décadas, o município apresentou um aumento da sua população, o que resultou numa densidade demográfica quatro vezes superior a de vinte anos atrás. Da população total, cerca de 35 mil são mulheres na faixa etária de 10 a 19 anos Considerando as gestantes cadastradas em 2011, 22% têm entre 10 e 19 anos. O projeto é desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde do Jardim Alterosas e Imbiruçu, regionais que apresentaram a maior incidência de casos de gravidez na adolescência no período de 2006 a 2012. As atividades do projeto são desenvolvidas também nas escolas localizadas na área de abrangência dessas unidades e nos equipamentos sociais da comunidade tais como creches, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), igrejas e ONG’s. A metodologia utilizada é a pesquisa-ação, através das rodas de conversa, oficinas terapêuticas, cinema comentado e grupo de apoio ao casal grávido e à mãe adolescente. As atividades foram planejadas após realização da pesquisa sobre a representação da maternidade/maternagem, paternidade/paternagem entre os adolescentes (meninas e meninos).  Interessou-nos compreender o que pensavam sobre gravidez e os motivos pelos quais engravidavam. Dados preliminares mostram que, apesar de uma certa desinformação, a maioria desejou e planejou a gravidez como saída para a invisibilidade social, bem como para a conquista de status, poder e ascensão na comunidade. Isso coloca a temática da gravidez na adolescência no centro das contradições da sociedade moderna e na contramão das orientações políticas de prevenção da gravidez. O projeto “Vidas em Rede” visa à criação e o fortalecimento de uma rede de cuidados que assegura às adolescentes (meninas e meninos) o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério e bem como às crianças, o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.

GRAVIDEZ; ADOLECÊNCIA; REDE