Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
Daniele Rocha de Farias Marques, Lidiane Nogueira Rebouças Aguiar, Andrezza Alves Dias, Liana Mara Rocha Teles, Grasiele Rocha de Farias, Luciano Almeida dos Santos Filho, Milena Soares Ferreira, Mariana Campos da Rocha Feitoza

Resumo


Introdução: A alimentação assume um importante papel, sobretudo na infância, por atender reais necessidades básicas da criança para garantia de sua sobrevivência. Nesse sentido, o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês é o alimento ideal e a adequada introdução da alimentação complementar após este período se constituem em estratégias importantes para garantia da saúde da criança, sendo fundamental para o seu pleno crescimento e desenvolvimento e principalmente para prevenção de doenças a curta e longo prazo. Objetivo: Conhecer as práticas alimentares de crianças menores de um ano residentes no município de São Gonçalo do Amarante. Metodologia: Foi realizado um rastreamento das crianças com a faixa-etária de interesse do distrito do Cágado no momento da vacinação, por meio de consulta à caderneta da criança onde constituiu-se uma amostra de 27 crianças. Após a identificação das crianças e consentimento dos pais em participar do estudo, foi agendada uma visita domiciliar para a aplicação do formulário com perguntas abertas e fechadas relacionadas às condições socioeconômicas, ao aleitamento materno, à alimentação complementar, bem como de um recordatório das últimas 24 horas. Resultados: As mães apresentaram como características socioeconômicas predominantes: ensino fundamental incompleto (42,2%), casadas (78,9%), donas-de-casa (72,0%), possuindo apenas um filho (55,3%), em famílias com três membros (47,8%), cuja renda familiar mensal era de até um salário mínimo (55,6%). Das crianças avaliadas, (29,30%) encontrava-se em aleitamento materno exclusivo, (24,4%), em aleitamento materno predominante, (46,3%) estavam fazendo uso de alimentos de transição na alimentação complementar e (9,00%) de refeição da família. A duração do aleitamento materno exclusivo apresentou uma média de 3 meses e a introdução da alimentação complementar deu-se de forma precoce em 49,8% das crianças. Conclusão: Através desse estudo foi possível observar e conhecer as práticas inadequadas e de alimentação no primeiro ano de vida, com reduzida duração do aleitamento materno exclusivo e elevado percentual de introdução da alimentação complementar antes dos seis meses, fazendo-se necessária a adoção de estratégias para fortalecimento do aleitamento materno até o sexto mês e para práticas de introdução corretas na alimentação da criança menor de um ano de vida após este período.