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PRÁTICAS ALIMENTARES DE CRIANÇAS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA
Resumo
Introdução: A alimentação assume um importante papel, sobretudo na infância, por atender reais necessidades básicas da criança para garantia de sua sobrevivência. Nesse sentido, o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês é o alimento ideal e a adequada introdução da alimentação complementar após este período se constituem em estratégias importantes para garantia da saúde da criança, sendo fundamental para o seu pleno crescimento e desenvolvimento e principalmente para prevenção de doenças a curta e longo prazo. Objetivo: Conhecer as práticas alimentares de crianças menores de um ano residentes no município de São Gonçalo do Amarante. Metodologia: Foi realizado um rastreamento das crianças com a faixa-etária de interesse do distrito do Cágado no momento da vacinação, por meio de consulta à caderneta da criança onde constituiu-se uma amostra de 27 crianças. Após a identificação das crianças e consentimento dos pais em participar do estudo, foi agendada uma visita domiciliar para a aplicação do formulário com perguntas abertas e fechadas relacionadas às condições socioeconômicas, ao aleitamento materno, à alimentação complementar, bem como de um recordatório das últimas 24 horas. Resultados: As mães apresentaram como características socioeconômicas predominantes: ensino fundamental incompleto (42,2%), casadas (78,9%), donas-de-casa (72,0%), possuindo apenas um filho (55,3%), em famílias com três membros (47,8%), cuja renda familiar mensal era de até um salário mínimo (55,6%). Das crianças avaliadas, (29,30%) encontrava-se em aleitamento materno exclusivo, (24,4%), em aleitamento materno predominante, (46,3%) estavam fazendo uso de alimentos de transição na alimentação complementar e (9,00%) de refeição da família. A duração do aleitamento materno exclusivo apresentou uma média de 3 meses e a introdução da alimentação complementar deu-se de forma precoce em 49,8% das crianças. Conclusão: Através desse estudo foi possível observar e conhecer as práticas inadequadas e de alimentação no primeiro ano de vida, com reduzida duração do aleitamento materno exclusivo e elevado percentual de introdução da alimentação complementar antes dos seis meses, fazendo-se necessária a adoção de estratégias para fortalecimento do aleitamento materno até o sexto mês e para práticas de introdução corretas na alimentação da criança menor de um ano de vida após este período.