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Na minha trajetória como residente multiprofissional tive uma vivência com portadores de sofrimento psíquico. O presente estudo tem como proposta a descrição do surgimento de um cuidado no território por meio de atividades realizadas fora da instituição a partir da vontade do paciente. O desenvolvimento deste estudo ocorreu por meio da vivência com portadores de transtornos psíquicos do o CAPS, cenário de pratica da residência. Descrição da experiência: Começamos a realizar caminhadas para o conhecimento do território. Em uma das caminhadas realizadas, fomos ao Norte Shopping. Ao passar pelo cinema, isso despertou a vontade em alguns pacientes de começar esta atividade. Levamos essa proposta de ida ao cinema para assembleia e alguns pacientes se interessaram em participar. A frequência de tal atividade ficou definida a priori quinzenalmente. Efeitos alcançados Essas saídas produziram muitos efeitos positivos como se organizar para chegar mais cedo ao CAPS para escolher o filme. Outros, ainda, que tinham um comportamento antissocial, passaram a ter maior vivência de grupo. Alguns pacientes surpreenderam até os próprios técnicos, já que são pacientes que apresentam imagem de perigosos e que por isso não apostavam muito neles. Considerações finais O fornecimento do acesso à cultura aos pacientes foi bastante proveitoso por ter restaurado as suas redes sociais já que muitos deles nem saíam de casa, ou mesmo passaram por internações em hospital psiquiátrico por período prolongado, e, por esta razão perderam o contato com o mundo.  Recomendações: Então, devemos sempre proporcionar aos portadores de sofrimento mental, incluindo também usuários de álcool e outras drogas, a possibilidade de fazer escolhas sobre que querem assistir no caso em questão, bem como realizar a função simbólica de pagar o próprio ingresso e possibilidade de estar com o outro, isto favorece o aumento da capacidade de contratualidade e a inserção social dos mesmos.