O ESTRESSE LABORAL NO COTIDIANO HOSPITALAR VIVENCIADO PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Resumo
Introdução. A urgência e emergência hospitalar são setores onde a equipe de enfermagem se depara com a necessidade de prestar assistência e atendimento imediato aos pacientes com potencial risco de morte. Por lidarem constantemente com situações de sofrimento, dor e medo, nem sempre a realidade do trabalho desta equipe se faz de forma tranquila, expondo o profissional ao estresse e prejudicando a qualidade do atendimento. Objetivo. Identificar os fatores que influenciam o estresse nos profissionais de enfermagem de um hospital de urgência e emergência. Metodologia. Pesquisa quantitativa com abordagem descritiva e exploratória, realizada em num hospital público de médio porte da região do Cariri cearense com predomínio de atendimento em urgência e emergência. A população do estudo foi composta por 21 técnicos de nível médio, numa amostra correspondente a 50% dos profissionais de enfermagem que atuam no referido hospital. Os dados foram coletados através de questionário e armazenados em programa Microsoft Office Word e Excel, versão 2007, analisados por meio de estatística básica. Resultados. Os profissionais de enfermagem envolvidos na pesquisa apresentam o seguinte perfil: 95% são do sexo feminino, 52% possuem idade superior a 41 anos e 38% são casados. Em relação ao comprometimento do estresse na vida desses profissionais, 86% possuíam de dois a três vínculos empregatícios e 76% trabalham de quatro a oito horas em cada emprego. Quanto aos fatores que desencadeiam o estresse laboral, 90% dos sujeitos refere estar associado às precárias condições de trabalho e falta de material necessário para desenvolvimento das ações, ao passo que 43% refere dificuldade no relacionamento com os colegas e supervisores. Quanto ao processo saúde-doença, os sintomas mais evidentes foram: cefaleia (52%), alopecia (57%), distúrbio no sono (48%), perda da autoestima (48%), queda ou aumento da pressão (43%) e tonturas ou ligeiros desmaios (43%). Conclusão. Os profissionais de enfermagem do estudo já apresentam sinais e sintomas de estresse, advindos das atividades cotidianas, o que indica a necessidade de recomendar uma política de acompanhamento desses trabalhadores, com o intuito de reconhecer com antecedência os sinais e sintomas do estresse, e consequentemente melhor enfrentarem esse problema no cotidiano laboral, evitando assim o comprometimento do cuidado e influência em sua vida pessoal.
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