Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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O ESTRESSE LABORAL NO COTIDIANO HOSPITALAR VIVENCIADO PELOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Adriana Alves da Silva, Ariadne Gomes Patrício Sampaio, Camila Almeida Neves Oliveira, Camila Grangeiro de Castro Cavalcante, Cidevalda Pedrosa Mota, Keitiane Amorim de Souza Sampaio

Resumo


Introdução. A urgência e emergência hospitalar são setores onde a equipe de enfermagem se depara com a necessidade de prestar assistência e atendimento imediato aos pacientes com potencial risco de morte. Por lidarem constantemente com situações de sofrimento, dor e medo, nem sempre a realidade do trabalho desta equipe se faz de forma tranquila, expondo o profissional ao estresse e prejudicando a qualidade do atendimento. Objetivo. Identificar os fatores que influenciam o estresse nos profissionais de enfermagem de um hospital de urgência e emergência. Metodologia. Pesquisa quantitativa com abordagem descritiva e exploratória, realizada em num hospital público de médio porte da região do Cariri cearense com predomínio de atendimento em urgência e emergência. A população do estudo foi composta por 21 técnicos de nível médio, numa amostra correspondente a 50% dos profissionais de enfermagem que atuam no referido hospital. Os dados foram coletados através de questionário e armazenados em programa Microsoft Office Word e Excel, versão 2007, analisados por meio de estatística básica. Resultados. Os profissionais de enfermagem envolvidos na pesquisa apresentam o seguinte perfil: 95% são do sexo feminino, 52% possuem idade superior a 41 anos e 38% são casados. Em relação ao comprometimento do estresse na vida desses profissionais, 86% possuíam de dois a três vínculos empregatícios e 76% trabalham de quatro a oito horas em cada emprego. Quanto aos fatores que desencadeiam o estresse laboral, 90% dos sujeitos refere estar associado às precárias condições de trabalho e falta de material necessário para desenvolvimento das ações, ao passo que 43% refere dificuldade no relacionamento com os colegas e supervisores. Quanto ao processo saúde-doença, os sintomas mais evidentes foram: cefaleia (52%), alopecia (57%), distúrbio no sono (48%), perda da autoestima (48%), queda ou aumento da pressão (43%) e tonturas ou ligeiros desmaios (43%). Conclusão. Os profissionais de enfermagem do estudo já apresentam sinais e sintomas de estresse, advindos das atividades cotidianas, o que indica a necessidade de recomendar uma política de acompanhamento desses trabalhadores, com o intuito de reconhecer com antecedência os sinais e sintomas do estresse, e consequentemente melhor enfrentarem esse problema no cotidiano laboral, evitando assim o comprometimento do cuidado e influência em sua vida pessoal.

Palavras-chave


Saúde do Trabalhador; Estresse; Urgência e Emergência

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