Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MEDIDAS E CONTROLE DE COMBATE A DENGUE: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS NA VIVÊNCIA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO EM SAÚDE - PET-SAÚDE/ DENGUE
Luana de Oliveira Santos, Patrícia Reis dos Santos, Elvira Caires de Lima, Polyana Gonçalves dos Santos Gusmão

Resumo


A dengue caracteriza-se como uma doença infecciosa febril aguda que tem como principal agente transmissor a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Constitui-se um grave problema de saúde pública, visto que seu vetor é extremamente urbano, optando por ambientes domésticos, e tem como preferência alimentar o sangue humano. Nesse contexto, a dengue resulta das relações humanas e ambientais, e demanda ações que visam uma interação entre educação em saúde e saúde ambiental. Diante disso, este trabalho relata a experiência das atividades em educação em saúde desenvolvidas pelos discentes do curso de Ciências Biológicas, no município de Vitória da Conquista-BA, por meio do Programa de Educação pelo trabalho em Saúde-PET-SAÚDE. Graduandos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia, após análise de dados fornecidos pela secretaria municipal de saúde do município que revelaram o alto índice de infestação do vetor e, consequentemente, casos positivos de dengue, elaboraram medidas de intervenção com o objetivo de contribuir com a eliminação dos vetores e combate à doença. Foram realizadas atividades preventivas como: capacitação para 500 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), faxinaço em bairros, mutirões, elaboração e desenvolvimento de projeto educativo de combate a dengue em duas escolas municipais. Utilizou-se de metodologias ativas que envolveram atividades de educação em saúde sobre o tema, visitas domiciliares com orientações de prevenção e combate ao vetor, oficinas e apresentação teatral com fantoches. Observou-se que a abordagem do tema de uma forma mais dinâmica e lúdica, despertou um maior interesse e possibilidade de concretização dos aspectos preventivos pela comunidade; ACS mais sensibilizados e comprometidos com a problemática; inserção dos estudantes de ciências biológicas nos cenários do Sistema Único de Saúde (SUS) contribuindo para a formação de profissionais habilitados a lidarem com as necessidades da população brasileira e aptos a contribuir com a operacionalização do SUS. Constatou-se que o uso de metodologias ativas nas atividades de promoção a saúde e educação continuada são uma ferramenta eficaz e de possível impacto nos indicadores de saúde.