Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
O ATENDIMENTO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Maria Goretti Almeida Pontes, Francisco Gabriel Dias Mota Araújo, Rosa Samilla de Sousa Souto, Stephanie Caroline Bezerra Souza, Thamara Barrozo Sampaio

Resumo


O primeiro atendimento às pessoas em situação de urgência, segundo a Política Nacional de Atenção às Urgências, deve-se dar nas unidades de atenção primária de saúde, que são a porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde, de acordo com Villaça (2011). A equipe de Saúde da Família, na sua prática diária de atenção a um grupo populacional (população adscrita) e em espaço geográfico delimitado (território), pode se deparar com a demanda de atenção a uma ou mais pessoas em situação de instabilidade de funções vitais, com ou sem risco de morte imediata ou mediata. (MELO e SILVA, 2011). Sendo, portanto, que este espaço de saúde esteja preparado para atender tal demanda. Com isso, a presente pesquisa tem o intuito de analisar como esse atendimento é realizado nas Unidades de Atenção Primária de Saúde de Fortaleza, mais especificamente no Posto de Saúde Roberto Bruno e na Policlínica Sol Nascente, pertencentes a Secretaria Executiva Regional (SER) IV. Metodologicamente, foi realizada pesquisa bibliográfica focando nas legislações vigentes e a técnica da observação direta realizada no período de dezembro de 2012 a junho de 2013. Pode-se observar nas referidas Unidades a ausência dos atendimentos de urgência; as salas que seriam destinadas a estes atendimentos estão ocupadas com outras funções, ou não existem e os equipamentos estão sem uso. Segundo relato de alguns profissionais, quando há demanda de urgência, os usuários são logo encaminhados ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é acionado. Observou-se também uma insuficiência na capacitação dos profissionais para realizar estes atendimentos, pois diante destes casos os profissionais não sabem como proceder; além da inexistência de acolhimento com classificação de risco, e insuficiência de profissionais nas unidades básicas para o atendimento da demanda. Conclui-se que esta situação acaba ocasionando uma superlotação das unidades de atenção secundária e terciária e o aumento da demanda direcionada ao SAMU.

Referências