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O ATENDIMENTO À URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Resumo
O primeiro atendimento às pessoas em situação de urgência, segundo a Política Nacional de Atenção às Urgências, deve-se dar nas unidades de atenção primária de saúde, que são a porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde, de acordo com Villaça (2011). A equipe de Saúde da Família, na sua prática diária de atenção a um grupo populacional (população adscrita) e em espaço geográfico delimitado (território), pode se deparar com a demanda de atenção a uma ou mais pessoas em situação de instabilidade de funções vitais, com ou sem risco de morte imediata ou mediata. (MELO e SILVA, 2011). Sendo, portanto, que este espaço de saúde esteja preparado para atender tal demanda. Com isso, a presente pesquisa tem o intuito de analisar como esse atendimento é realizado nas Unidades de Atenção Primária de Saúde de Fortaleza, mais especificamente no Posto de Saúde Roberto Bruno e na Policlínica Sol Nascente, pertencentes a Secretaria Executiva Regional (SER) IV. Metodologicamente, foi realizada pesquisa bibliográfica focando nas legislações vigentes e a técnica da observação direta realizada no período de dezembro de 2012 a junho de 2013. Pode-se observar nas referidas Unidades a ausência dos atendimentos de urgência; as salas que seriam destinadas a estes atendimentos estão ocupadas com outras funções, ou não existem e os equipamentos estão sem uso. Segundo relato de alguns profissionais, quando há demanda de urgência, os usuários são logo encaminhados ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é acionado. Observou-se também uma insuficiência na capacitação dos profissionais para realizar estes atendimentos, pois diante destes casos os profissionais não sabem como proceder; além da inexistência de acolhimento com classificação de risco, e insuficiência de profissionais nas unidades básicas para o atendimento da demanda. Conclui-se que esta situação acaba ocasionando uma superlotação das unidades de atenção secundária e terciária e o aumento da demanda direcionada ao SAMU.