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RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONSCIENTIZAÇÃO DE IDOSOS CONTRA A POLIFARMÁCIA E A AUTOMEDIACAÇÃO
Resumo
Identificação do Problema: Recentemente tem-se observado um grande avanço tecnológico na Medicina, permitindo o aumento da expectativa de vida. O crescimento da população idosa implica maior necessidade de tratamentos para doenças crônicas. No Brasil, pelo menos 85% da população idosa têm alguma doença crônica. O uso de múltiplas medicações pode trazer grande benefício à qualidade de vida do idoso quando utilizados adequadamente, no entanto alguns tratamentos com polifarmácia são inapropriados e podem levar a interações medicamentosas. Descrição da Atividade: Durante a disciplina de Integração de Serviço Ensino e Comunidade de uma Faculdade de Medicina de Fortaleza, foi proposta a realização de palestras para um grupo de idosos moradores da Praia da Futuro em Fortaleza – CE. Um dos temas abordados foi o uso de medicações diversas pela população idosa. Para isso, buscou-se o uso de uma metodologia lúdica e uma roda de conversa. A apresentação foi iniciada com uma breve explanação acerca das enfermidades mais prevalentes na população-alvo, já que os medicamentos mais utilizados por este grupo são para controle dessas doenças, cujas maiores prevalências eram hipertensão arterial e diabetes mellitus. Então, os facilitadores elaboraram tabelas que foram preenchidas pelo grupo de idosos com todas as medicações usadas em seus respectivos períodos do dia. Ao final do preenchimento, iniciou-se uma discussão acerca das medicações presentes nas tabelas, emergindo então uma nova temática, a qual abordou a automedicação, bastante comum entre os expectadores da palestra. Desse modo, foram expostos os malefícios da automedicação, dentre eles os efeitos adversos de uma polifarmácia. Efeitos Alcançados: O grupo de idosos foi bastante participativo durante todas as etapas da exposição dialogada. Portanto, foi possível conscientizar, por meio da apresentação e da análise conjunta da tabela de medicamentos, a necessidade de consultar um profissional de saúde antes de iniciar ou suspender qualquer tipo de medicação, evitando, portanto, a polifarmácia, o tratamento inadequado e suas possíveis complicações. Recomendação: Sugere-se o aumento na frequência de atividades que façam a promoção da saúde e a conscientização da população idosa acerca do uso de medicamentos; proporcionando a melhoria da qualidade de vida na terceira idade e a diminuição de efeitos adversos, e a criação de um espaço de diálogo e aprendizado conjunto.
Palavras-chave
Polifarmácia; Idosos; Automedicação