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MORTALIDADE MATERNA: UM PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SUA OCORRÊNCIA EM UMA CAPITAL NORDESTINA
Resumo
Introdução: O Ministério da Saúde estima que a razão de mortalidade materna no Brasil, em 1990, era de 140 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos. Baseado neste contexto, passamos a nos questionar: Como se apresenta a mortalidade materna de Fortaleza? Que faixa etária Que faixa etária é mais acometido pelos óbitos? Que espaço territorial tem as maiores ocorrências de óbito? Objetivando responder tais questionamentos definiu-se como objetivo traçar o perfil epidemiológico da mortalidade materna de Fortaleza. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade materna de Fortaleza. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado no período de outubro a novembro de 2013. Os dados foram coletados junto ao Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), através do TABNET/ DATASUS instalado no site: www.sms.fortaleza.ce.gov.br. Para amostra utilizou-se todos os registros de óbitos maternos ocorridos no município de Fortaleza em 2012 a 2013. Resultados: Foram constatadas 59 mortes maternas entre os anos de 2012 e 2013 em Fortaleza. Onde 57% (34), das mortes ocorreram em 2012 e 43% (25), em 2013, 43% (25), em 2013, ressaltas que o ano de 2013 ainda encontra-se em curso. Com relação a 2012, as regionais I, III, V e VI foram as responsáveis pelos maiores registros, respectivamente, 11,8% (4), 17,6% (6), 32,4% (11) e 20,6% (7). Entre os meses, o de janeiro e dezembro registraram os maiores índices 17,6% (6). Quanto à faixa etária os maiores registros ocorreram entre 25 a 29 anos com 23,5% (8). Os locais de ocorrência com os maiores índices foram os hospitais com 94,1% (32), seguido do domicílio com 5,9 % (2). O ano de 2013 registra 25 óbitos. A regional VI apresentou os maiores registros com 32% (8), seguida pela II, III e V com 20% (5) cada uma. O mês de janeiro obteve 28% (8) dos óbitos, apresentando números mais elevados se comparados com o ano de 2012. A faixa etária de 25 à 29 anos registrou 24% (6) das mortes maternas. Os locais ainda mais prevalentes foram os hospitais com 72% (18), em detrimento da via pública com 8% (2) e domicílio 20% (5). Conclusão: A redução da taxa de mortalidade envolve ações multisetoriais, pois está diretamente associada ao grau de desenvolvimento do país, mas apesar das mudanças que o país tem feito à redução da mortalidade materna é uma meta que parece ainda distante.
Palavras-chave
morte; materna; epidemiologia
Referências
BRASIL.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análisede Situação em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica do óbito materno /Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análisede Situação em Saúde. – Brasília:Ministério da Saúde, 2009.84 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)