Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A REDE DE APOIO SOCIAL DO USUÁRIO COM TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR QUE FAZ USO DE DROGAS
Pâmela Campêlo Paiva, Fátima Luna Pinheiro Landim, Thalita Soares Rimes, Candida Mayara Rodrigues Carvalho, Francisca Aldeniza Pereira Gadelha

Resumo


A pessoa com transtorno mental sofre em determinados momentos, eventos estressores que refletem em desajuste de elementos importantes na manutenção do equilíbrio de sua vida. Nessa perspectiva, as relações interpessoais são comumente afetadas. O intenso sofrimento psíquico como manifestações de característica psíquicas na vida de uma pessoa repercutem na história de vida, pessoal, familiar e nas redes de relações interpessoais. Diante da temática decorreu-se a necessidade de investigar as redes sociais das pessoas acometidos pela comorbidade de transtorno de humor bipolar - THB e por uso de substâncias (TUS), diante do auxílio/proteção que esse suporte pode lhes conferir em momentos difíceis, na reorganização de vida e inclusão social desse ser humano. Durante o mês de abril e maio de 2011, considerando o estudo qualitativo, foram realizadas seis entrevistas em profundidade junto a pacientes de três Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas das SER, em Fortaleza-CE-Brasil. Os dados foram processados através da técnica de Análise Categorial de Bardin. As categorias de análises foram: suporte familiar; suporte religioso e de amigos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos da Universidade de Fortaleza-COÉTICA sob parecer n. 147/2008. Na atual pesquisa com sujeitos que possuíam a comorbidade THB e TUS, todos significaram, em algum momento de seus discursos, membros de sua família nuclear como apoio social importante no seu contexto de vida, corroborando com os achados literários. Nesse contexto alguns informantes fizeram referência a fatores religiosos quando foram questionados acerca de suas redes de apoio, inclusive lhes atribuindo grande responsabilidade em seu processo de “cura”. A rede de apoio social é considerada restrita, pessoas da família nuclear. Eles contam com poucos amigos, mas referidos como importantes na resolução de problemas. O fator religião é muito forte, o que leva a concluir que pode haver pessoas com esse perfil que os pacientes vão acessar, em ambientes de igreja ou correlatos, para obter o apoio emocional.

Palavras-chave


saúde mental

Referências


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