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Introdução: A aproximação entre os Ministérios da Educação e da Saúde aposta em ações estruturantes, como o Pró-Saúde, que visa incentivar a transformação do processo de formação, geração de conhecimento e prestação de serviços à população para abordagem integral do processo saúde-doença1. Em Chapecó, Santa Catarina, a proposta integrada da Unochapecó, Secretaria de Saúde e Gerência de Saúde, conta com instâncias de interlocução entre os representantes do ensino, da atenção, da gestão e do controle social, com vistas à gestão do processo. Objetivo: Analisar como ocorre a representação e participação dos segmentos – quadrilátero da formação2 – nos espaços colegiados de integração ensino-serviço em saúde. Método: Estudo de caso3, desenvolvido com base no pressupostos de Paulo Freire. Teve como técnicas para produção e registro das informações: a observação direta de seis reuniões dos fóruns gestores; entrevistas semi-estruturadas com 11 sujeitos integrantes das instâncias – Comitê Gestor Local e Comissão Coordenadora Geral – e leitura documental. As informações foram analisadas a partir da proposta operativa para análise de dados qualitativos4. Resultados: Da análise emergiram as seguintes categorias: a) Representação por meio do diálogo: possibilidade de negociar. Os momentos de conflito fazem perceber que o diálogo prevalece, ainda que os sujeitos necessitem aprimorar sua capacidade de comunicação5. b) Legitimidade da representação: estabelecendo relações fecundas. É preciso haver liberdade para o representante expor suas ideias, pois o grupo representado lhe deposita confiança6. c) Ouvir e questionar: os primeiros passos rumo à participação efetiva. Existem muitas escutas que não são feitas em função de diretrizes pré-establecidas pela universidade, que impedem a participação efetiva. d) Disparidade na representação dos segmentos. A participação dos quatro segmentos se expressa mais veementemente no ensino e na gestão, representada por docentes, discentes e profissionais do serviço, com pouca representação do controle social e do estudante. Conclusão: Na configuração dos colegiados de gestão do Pró-Saúde, por vezes o “quadrilátero” não se configura como tal, pois, ora faltam elementos para encaixar os vértices, ora percebe-se a intervenção de outros elementos que evidenciam dificuldades de garantir uma participação mais efetiva de todos os segmentos implicados com os processos de formação em saúde.

Formação de Recursos Humanos; Sistema Único de Saúde; Política de Educação Superior; Serviços de Integração Docente-Assistencial.