Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PET SAÚDE “VIDAS EM REDES” – UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Dirley Lellis dos Santos Faria

Resumo


Caracterização do problema: O documento “Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde”, do Ministério da Saúde (2010), conceitua sexualidade como um componente intrínseco da pessoa, sendo fundamental na saúde de adolescentes e jovens, que transcende o aspecto meramente biológico, manifestando-se também como um fenômeno psicológico e social, fortemente influenciado pelas crenças e valores pessoais e familiares, normas morais e tabus da sociedade. Este documento enfatiza que na adolescência, a sexualidade tem uma dimensão especial, que é o aparecimento da capacidade reprodutiva no ser humano concomitante à reestruturação do seu psiquismo (Ministério da Saúde, 2010). Nas últimas décadas, as transformações na vida sociocultural têm provocado mudanças no comportamento sexual dos adolescentes: as relações sexuais têm se dado cada vez mais cedo, aumentando também o número de gravidezes nesta etapa da vida. As meninas do novo milênio estão virando mães cada vez mais cedo. Para o enfrentamento dessa temática iniciou-se em setembro de 2012 na cidade de Betim (MG), o Programa de Educação pelo Trabalho (PET Saúde): “Vidas em Redes”. O PET Saúde visa a integração ensino serviço na área da saúde. A escola, então, despontou como um local de implementação do PET “Vidas em Redes” visando a promoção da saúde dos adolescentes. Descrição da experiência: Realizamos um trabalho de educação em saúde com adolescentes da Escola Municipal Florestan Fernandes localizada nas imediações da Unidade de Saúde Alterosas. Usamos a seguinte metodologia: apresentação de vídeos com o tema gravidez na adolescência, rodas de conversa, atividade gráfica representando as diferenças de gênero, palestra informativa sobre métodos anticonceptivos. Efeitos alcançados: Os adolescentes foram participativos, colocando seus valores e visões sobre o tema. Foram discutidas as diferenças na educação de meninos e meninas; bem como suas representações de gênero. Foram apresentados diversos métodos anticonceptivos, possibilitando contato com os mesmos. Houve uma aproximação da unidade de saúde com a escola. Recomendações: O trabalho com adolescentes deve permitir a participação efetiva do grupo, com a escuta de cada um, portanto as rodas de conversa são recomendadas. O uso de pequenos vídeos também favorece a discussão e a reflexão, possibilitando maior envolvimento com o tema.

Palavras-chave


educação em saúde, PET saúde, adolescência, sexualidade, gravidez

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 132 p.: il (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

 

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Orientações básicas de atenção à saúde de adolescentes nas escolas e unidades de saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 48 p.: il (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Afonso, Maria Lúcia M. & Abade, Flávia. Para reinventar as Rodas. Belo Horizonte; Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros (RECIMAM), 2008. Publicação eletrônica:http://www.ufsj.edu.br/portalrepositorio/File/lapip/PARA_REINVENTAR_AS_RODAS