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Trata-se da experiência da organização, elaboração e escrita de um livro de narrativas, o qual representou um exercício de reflexão sobre a trajetória acadêmica dos estudantes do Bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A confecção do material permitiu a identificação do seu fazer na prática dos serviços do Sistema Único de Saúde e as motivações pela área, assim como, o diálogo entre formação e o compromisso com a defesa e a essência do SUS. A elaboração do livro: “Fiz vestibular pra Saúde Coletiva”, ocorreu no primeiro semestre de 2013 e representa uma iniciativa de um professor que apostou na potencialidade desta confecção coletiva. Desta forma, convidou os graduandos para a elaboração de narrativas que contassem as suas trajetórias no curso, contemplando desde ao interesse por esta formação, até todo o percurso realizado, incluindo motivações, expectativas, desafios e demais aspectos da formação em Saúde Coletiva. A experiência foi riquíssima, desde o compartilhamento dos métodos de editoração do material, até a confecção da minha própria narrativa e elaboração do texto de apresentação do livro, convite feito pelo professor organizador da obra. Atualmente discute-se constantemente a importância de discussões acerca do compromisso e das motivações na formação em saúde, reconhecendo assim que tais processos interferem significativamente na atuação profissional posteriormente. Inclusive, a problematização e a reflexão sobre processos de trabalho e aprendizagem representam um dos eixos norteadores da Política de Educação Permanente, e por isso, reconhecemos a importância de sua ocorrência tanto dentro da universidade, quanto nos serviços de saúde. É neste sentido, que reconheço os benefícios do exercício desta reflexão, ela nos permitiu identificar e desenvolver a importância do sentimento de pertencimento profissional, como futuros gestores é crucial sabermos quais as redes que queremos tecer para contribuir para o fortalecimento, desenvolvimento do trabalho e da educação no cotidiano do SUS. Baseando-se em atitudes como esta, reconhecemos a importância do espaço de formação possibilitar estas reflexões sobre suas práticas no processo de trabalho, as quais reafirmam e fortaleçam a defesa da saúde como direito, e, principalmente como fruto de lutas e a necessidade da participação social para o seu desenvolvimento. A educação possui papel fundamental na formação de profissionais engajados com os princípios e diretrizes do SUS, assim como no fortalecimento da Educação Permanente nos diversos contextos. Enfim, a mudança que queremos ver necessita ser pensada a partir destes cenários e combinações.

Educação; Formação em Saúde; Educação Permanente