Tamanho da fonte: 

I ) Introdução: Em julho deste ano iniciou-se o processo de cogestão de 14 equipes de saúde da família do Município de Teresópolis, através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Dentre os desafios identificados pela equipe de Cogestão, o resgate do território foi tomado como prioritário para a reaproximação dos princípios organizativos do PSF. A territorialização no PSF se caracteriza pela definição de determinada área geográfica como de responsabilidade de uma equipe, devendo basear-se em critérios de acessibilidade geográfica e fluxo da população. Deve ainda considerar os parâmetros populacionais estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A maioria das equipes de Saúde da Família de Teresópolis foi implantada há mais de 10 anos, não tendo ocorrido neste período, ampliações significativas de equipes, que possibilitasse acompanhar o crescimento populacional no território de abrangência de cada equipe. Tal fato vem acarretando dificuldades dos profissionais em fazer o cadastramento das novas famílias criando um desajuste entre a população que procura a UBSF e o número de famílias constante do cadastro das equipes. Neste sentido é que a equipe de Cogestão do PSF do Município deu início ao processo de (re)territorialização das equipes,através de oficinas Coordenadas pelos profissionais da Rede de Estações OTICS-RIO, usando o Guia Básico do Google Earth. II) As oficinas: A primeira oficina contou com a participação de duas equipes do PSF, sendo realizada nos laboratórios de informática do UNIFESO.Os agentes comunitários com os respectivos enfermeiros foram cartografando as ruas e vielas por eles percorridos no dia-a-dia,remontando as áreas de adscrição das equipes através da identificação das diferentes necessidades dos grupos familiares,possibilitando rearranjos territoriais com vistas a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde. III) Alguns resultados: Embora a experiência se encontre em fase inicial, já foi possível observar que a estratégia adotada possibilita a ressignificação da base territorial com vistas a se constituir, de fato, num pilar organizativo do sistema de saúde. A participação efetiva do nível local possibilita releituras das características da população e de seus problemas de saúde, permitindo a identificação de ações prioritárias, assim como a revalorização da relação de co-responsabilidade entre serviços de saúde e sua população adscrita.

territorialização; saude da família;google earth