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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR
Resumo
Introdução: Desde 1970 o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade, considerado em todas as faixas etárias um problema de Saúde Pública em vários países do mundo (MS, 2013). O Programa Saúde na Escola do Ministério da Saúde vem contribuir para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento destas populações com ações de promoção de saúde e de prevenção de agravos à saúde (MS, 2011). Para tanto foi realizado um rastreamento das condições nutricionais dos educandos de uma escola pública da área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde. Objetivo: Avaliar o estado nutricional dos educandos e classificar o Índice de Massa Corporal (IMC), segundo as normativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e propor uma intervenção. Material e método: Participaram deste estudo 173 crianças, de três a cinco anos de idade, de ambos os gêneros, no mês de abril de 2013, em uma escola pública municipal de Guarulhos (SP), cujos responsáveis assinaram o Termo de Consentimento para realização das medidas antropométricas. Resultados Foram encontrados 3% magreza, 78% eutrofia, 13% sobrepeso e 6% obesidade. Discussão: Observou-se que nesse estudo não se evidenciou nenhuma criança com magreza acentuada, bem como obesidade extrema. Esses dados revelaram que a maioria das crianças apresentou estado nutricional esperada para a sua idade. Os dados obtidos neste estudo em relação às crianças com magreza corroboram com os achados de Monteiro et al (2009), que revelou um declínio da desnutrição infantil na população brasileira de crianças menores de cinco anos de idade, entre 1996 e 2007, em função do aumento da escolaridade materna, do crescimento do poder aquisitivo das famílias, da expansão da assistência à saúde e melhoria nas condições de saneamento. Entretanto, observou-se que o sobrepeso e a obesidade são decorrentes do maior acesso aos alimentos industrializados ou não e com maior conteúdo calórico, porém sem valor nutritivo, segundo estudo de Romagna, Silva e Ballardin (2010). Conclusão: Para que o PSE alcance seus objetivos, é primordial a prática cotidiana da intersetorialidade por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde com vista ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o desenvolvimento pleno de crianças e jovens na rede pública de ensino. Propomos o monitoramento destas ações através de um estudo longitudinal sobre o estado nutricional destas crianças avaliadas.
Palavras-chave
Avaliação nutricional; PSE; Prevenção e Promoção à Saúde
Referências
1.BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais, Portal da Saúde - 2013. 2.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Passo a passo PSE: Programa Saúde na Escola: tecendo caminhos da intersetorialidade / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica, Ministério da Educação. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 3.MONTEIRO, Carlos Augusto et al. Causas do declínio da desnutrição infantil no Brasil, 1996-2007. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 1, fev. 2009. 4.ROMAGNA, Elisa Sfoggia; SILVA, Marcelo Campos Appel da; BALLARDIN, Patrícia Andréia Zanetti. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes de uma unidade básica de saúde em Canoas, Rio Grande do Sul, e comparação do diagnóstico nutricional entre os gráficos do CDC 2000 e da OMS 2006. Scientia Medica, Porto Alegre, n. 20, p.228-231, 2010.