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Introdução: O acelerado processo de industrialização e a ampliação dos conglomerados humanos, seguidos de intensa urbanização, têm contribuído para o aumento dos índices de violências, preocupando a comunidade e governos locais. A partir dos anos de 1960 as causas externas passam a ocupar posição de destaque no cenário de mortalidade do país. A análise das lesões provocadas por estas revelam que os agravos resultam de diversos fatores sociais, culturais, ambientais sofrendo alterações constantes com o decorrer do tempo. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico das violências ocorridas no município de Chapecó/SC, no período de 2009 a 2013, com vistas a subsidiar estratégias de intervenção. Metodologia: A pesquisa será realizada no município de Chapecó/SC, a partir do acompanhamento dos dados epidemiológicos, notificações compulsórias e análise sistemática das tendências com relação à mortalidade, bem como, revisão bibliográfica acerca de estudos que abordem a temática em questão (acidentes de trânsito, homicídios e suicídios). Resultados: A partir de análise bibliográfica inicial sobre os diferentes tipos de violências percebeu-se que o perfil epidemiológico das violências, demonstra maior incidência de homicídios e acidentes de transporte, destacando os acidentes de transporte como a principal causa externa que mais mata, seguida de óbitos por homicídios e suicídios. Porém, no decorrer dos anos, os dados coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM apontam uma mudança nesse perfil, predominando os homicídios como a principal causa de morte por violências externas, seguidas por acidentes de trânsito. Ambas as análises têm em comum o fato de as vítimas serem homens, predominantemente na faixa etária de 20 a 49 anos, e, de acordo com os dados do SIM, permanecendo os suicídios ainda como a terceira causa. Considerações finais: o estudo foi proposto durante as atividades do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Vigilância em Saúde (PET-Saúde/VS) com vistas a analisar o perfil das violências em Chapecó, visando subsidiar a gestão em saúde, bem como, o planejamento de ações intersetoriais para o enfrentamento das violências, incentivando comportamentos na sociedade que contribuam para a prevenção e redução dos óbitos evitáveis.

violência; perfil epidemiológico; mortalidade