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O tabagismo é um dos principais problemas à saúde pública na contemporaneidade e a sua dependência encontra-se entre os vinte maiores fatores de risco para problemas de saúde, estando entre a mais importante causa evitável de morbidade e mortalidade prematura. O estudo a ser apresentado teve por objetivo investigar a prevalência de trabalhadores fumantes no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a fim de subsidiar a construção de uma política de prevenção do tabagismo. Para tal, realizou-se levantamento e mapeamento do número de trabalhadores fumantes nos diversos setores do HU/UFJF; analisou-se o perfil tabágico e o grau de dependência dos fumantes trabalhadores do HU/UFJF. Na pesquisa foram entrevistados 247 trabalhadores sendo 170 (68,82%) mulheres e 77 (31,18%) de homens, contabilizando 20,9% do universo total de trabalhadores do HU/UFJF. Destes, 34 (13,8 %) são fumantes, 42 (17, %) ex- fumantes e 171 (69,2%) não fumam. 97% dos trabalhadores conhecem os riscos do tabagismo.  Dos entrevistados, 54% relatou conviver com pessoas que fumam no ambiente de trabalho e 22% convivem com fumante em casa. Os fumantes pesquisados fazem uso em sua totalidade (100%) de cigarro industrializado e 72% iniciou o uso com idade entre 14 e 20 anos. Os fumantes possuem baixo grau de dependência (72, 7%) ou muito baixo (36%). No entanto, 69% já tentou parar de fumar, em sua grande maioria, de 1 a 3 vezes (54%) e 63% destes, conseguiu deixar de fumar nestas tentativas. 66% faz uso do tabaco no ambiente de trabalho, principalmente nas áreas externas do hospital ou no pátio que não possui cobertura. 99% dos trabalhadores são favoráveis às leis que restringem fumar nos ambientes fechados, por diversos motivos: odor desagradável, por questão de proteção à saúde e pelo fato de não querer ser fumante passivo. 65% dos trabalhadores alegaram desconhecer a legislação do HU/UFJF que restringe o uso do tabaco nas dependências do hospital. Para diminuir o número de fumantes no HU/UFJF é necessário maior conscientização e sensibilização dos profissionais, através de capacitações, distribuição de material educativo, sinalização de proibido fumar e cartazes sobre a temática.