Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida

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A IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE VOLTADAS A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: FORMAÇÃO E PERCEPÇÃO DE ALUNOS DE UM CURSO DE GESTÃO EM SAÚDE
Domingos Alves Evangelista Neto, José Maria Ximenes Guimarães

Resumo


O último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010 constatou uma população de 45.606.048 pessoas com algum tipo de deficiência permanente. Como ponto de partida para esta investigação, levantamos os seguintes questionamentos: qual a percepção dos alunos do curso de especialização de gestão em saúde sobre deficiência? Qual seu conhecimento sobre as políticas públicas direcionadas a pessoa com deficiência? Qual a abordagem realizada no curso referente às recentes políticas brasileiras voltadas a pessoa com deficiência? Objetivo: Analisar a formação e percepção dos alunos concluintes de um curso de pós-graduação em gestão em saúde sobre as políticas públicas destinadas a saúde das pessoas com deficiência. Métodos: Pesquisa de campo, descritiva, de abordagem qualiquantitativa. A coleta de dados ocorreu do dia 28 de outubro a 10 de novembro de 2013. A população pesquisada foi constituída pelos discentes devidamente matriculados no curso referido. A ferramenta utilizada foi um questionário com 20 perguntas. Não houve riscos durante a realização do estudo. A pesquisa seguiu as recomendações do Conselho Nacional e Saúde. Resultados: Dos participantes, 50% são do gênero masculino e 50% do gênero feminino. A faixa etária de maior prevalência foi a de entre 21 a 30 anos (38,46%). 58% se declararam casados e 42% solteiros. 50% são pardos, 42,31% brancos e apenas 7,69% negros. Para 65,38% dos entrevistados, o curso não abordou a temática da gestão/atenção à saúde da pessoa com deficiência, 73,08% afirmam que o curso não possibilitou a discussão sobre a Política Nacional de Atenção a Saúde da Pessoa com Deficiência e para 69,23%, o curso não fomentou a discussão sobre a Rede de Atenção a Pessoa com deficiência. Conclusão: Mostra-se uma lacuna na formação desses novos gestores em saúde, as pessoas com deficiência necessitam de gestores públicos capacitados em atender suas demandas de saúde. Sugerimos que seja revisto o projeto pedagógico do curso e que o direito à saúde das pessoas com deficiência sejam efetivamente abordados, para que os novos gestores em saúde modifiquem sua visão sobre esse público, e que os mesmos não sejam vistos como merecedores de compaixão ou assistencialismo pela sua deficiência, mas como usuários detentores de direitos garantidos e muitas vezes oficialmente desrespeitados, excluídos de seus direitos e consequentemente da sociedade.

Palavras-chave


Administração de Serviços de Saúde;Política de Saúde;

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