Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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IMPACTO DA FALTA DE MÉDICO NO ACOMPANHAMENTO DOS HIPERTENSOS NA ATENÇÃO BÁSICA
Leticia Magati Antonioli, Julio Cesar Malini Lopes Filho, Elide Correia Cervantes, Gustavo Henrique Xavier Denuncio, Marisa Laporta Chudo, Rodolfo Pessoa de Melo Hermida

Resumo


Introdução: É preconizado que os hipertensos devem medir semanalmente a pressão arterial na UBS cadastrada e as informações são anotadas em caderneta de acompanhamento. A UBS Rosa de França possui 3 áreas, sendo que há médico regular apenas na área 63. Para a coleta dos dados, segundo as diretrizes do SUS, é aconselhável à medição da pressão arterial uma vez na semana até a data da primeira consulta. O paciente deverá ir até a UBS e o resultado da verificação deverá ser anotado no prontuário do paciente, no livro de anotações da PA e na caderneta de acompanhamento. No prazo máximo de 30 dias deverá haver outra consulta para reavaliação do paciente. Se após 2 semanas de tratamento, com o uso correto e contínuo dos medicamentos, o paciente hipertenso continuar com a pressão alta, é necessária nova avaliação pelo médico. Caso contrário, cabe à equipe de enfermagem da unidade reorientar o paciente e prosseguir com o monitoramento através de novas medições da pressão arterial. Objetivo: Identificar e comparar o impacto da falta ou da presença de médico no acompanhamento dos hipertensos na atenção básica, bem como dos pacientes que realizaram monitoração por demanda espontânea eventual ou frequente na unidade Rosa de França. Metodologia: Com base nas anotações do caderno de procedimento, foram analisadas aferições de PA de 24 de julho a 29 de agosto de 2013 de 287 pacientes das áreas 61 (sem médico), 62 (com médico), 63 (com médico) e fora de área (sem médico), totalizando 686 medições, com média de 2,4 medições por paciente no período. Resultados: As áreas que tem melhor acompanhamento são as áreas 63 com maior regularidade, seguido da área 62 com acompanhamento relativamente regular. Os que não possuem acompanhamento pertencem às áreas 61 e fora de área.  Dos 287 pacientes, mais de 50% apresentaram níveis de PA compatíveis com hipertensão arterial sistêmica nas áreas que não tem médico, enquanto nas áreas que possuem médico manteve-se em torno de 35%. Considerações Finais: Percebe-se que as áreas que possuem médico (62 e 63) exercem maior impacto positivo no acompanhamento dos hipertensos, o que não ocorre na área 61 e foras de área. Como houve troca de médicos após a coleta dos dados, sugerimos continuar o trabalho ampliando o período e verificando o impacto da área 61 no acompanhamento de seus usuários cadastrados. Sugerimos também campanhas de prevenção e grupos de orientação, controle, monitoração e conscientização dos hipertensos.

Palavras-chave


Hipertensão; acompanhamento; regularidade

Referências


Caderno de Atenção Básica Número 15 do Ministério da Saúde.