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UERJ E HUMANIZAÇÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTUDO EXPLORATÓRIO
Resumo
Este trabalho busca apresentar dados preliminares do estudo qualitativo de cunho exploratório intitulado Humaniza UERJ, do Projeto de Extensão UERJ pela Vida, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O Projeto UERJ pela Vida foi pensado como ação de intervenção frente a decorrência dos atos e tentativas de suicídio na Universidade. Criado em 2010, atualmente conta com uma equipe formada por: médica, psicólogas, enfermeira, pedagoga e assistente social. Inicialmente a proposta era atuar como um projeto de prevenção do suicídio, desenvolvendo e disseminando ações preventivas, entretanto, observamos a necessidade de expansão desse horizonte. Com base na análise da natureza dos atendimentos realizados pelo Projeto, através do Núcleo de Acolhida ao Estudante (NACE), percebemos que ações de promoção de um ambiente institucional solidário e acolhedor são fundamentais para a busca da superação da fragilidade das relações interpessoais, visando à construção de medidas que promovam a qualidade dos encontros, das trocas de experiências e do diálogo entre os sujeitos da comunidade UERJ. Tomando como base orientadora a Política Nacional de Humanização, o Humaniza UERJ é uma proposta de estudo exploratório a ser aplicado junto aos alunos, professores e técnicos da UERJ. O objetivo geral desta proposta é a identificação e análise da noção de humanização para a comunidade da UERJ. Também, a proposição de ações e intervenções que vão ao encontro das expectativas da comunidade da UERJ no que se refere à melhoria da qualidade dos encontros, das trocas de experiências e do diálogo entre os sujeitos. Dados preliminares apontam para a atuação em: projetos cogeridos de ambiência; criação de esferas coletivas e desburocratizadas de diálogo entre os membros da comunidade da UERJ; desenvolvimento de intervenções lúdicas e interativas no espaço da Universidade; dentre outras questões. A humanização, como uma política transversal, supõe necessariamente que sejam ultrapassadas as fronteiras, muitas vezes rígidas, dos diferentes núcleos de saber e poder que se ocupam da produção em saúde e educação. Podemos dizer que a humanização aplicada à educação tem o potencial de constituir-se em uma rede de construção permanente e solidária entre os sujeitos envolvidos, estimulando a cogestão e autonomia.
Palavras-chave
Universidade; Humanização; Ambiência
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização. Brasília: MS, 2004.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. [organizadores]. Métodos de pesquisa coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. Porto Alegre: UFRGS, 2009.