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Introdução: Nas últimas décadas, várias iniciativas interministeriais – Educação e Saúde – têm gerado uma nova concepção de ensino-aprendizagem nas profissões da saúde. Enquanto profissionais desta área e, acima de tudo, como formadores-transformadores, a disciplina de Psicoterapia de Grupo da Residência Médica em Psiquiatria objetiva a formação de um profissional capacitado a atuar de acordo com os contextos socioculturais e o processo saúde-doença-cuidado. Esta proposta fundamenta-se em um novo paradigma da integralidade, o qual se justifica pela possibilidade do residente em psiquiatria se inserir no Sistema Único de Saúde (SUS) com uma atitude crítica e reflexiva, favorecendo, assim, a construção de um conhecimento a partir de uma articulação indissociável entre teoria e prática. Objetivo: Descrever e analisar as contribuições da interação ensino e assistência em Psicoterapia de Grupo na formação da Residência Médica em Psiquiatria. Metodologia: Este trabalho, consiste em um estudo descritivo exploratório com abordagem qualitativa em preceptoria de Psicoterapia de Grupo, que integra um dos Serviços de Psicologia inserido no Programa de Residência Médica em Psiquiatria do Departamento de Saúde Mental e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. A prática do ensino assistência em psicoterapia de grupo tem como cenário o ambulatório de psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG). Os conteúdos programáticos abordados são: os contextos socioculturais e o processo saúde-doença-cuidado; tratamento não farmacológico em saúde mental; propostas de intervenções grupais em saúde mental; socionomia; psicoterapia de grupo psicodramática; ação dramática; estrutura do grupo psicoterápico; constituição do grupo; categorias de psicoterapia de grupo; princípios gerais e éticos da psicoterapia de grupo; evolução dos grupos; unidade funcional; interdisciplinaridade; como selecionar, organizar e aplicar a psicoterapia de grupo; construir uma proposta psicoterápica de grupo. Resultados: Uma discussão que transita o modelo biomédico e o modelo psicológico do sofrimento psíquico, nas quais se destacam as interlocuções entre: a doença e o processo saúde-doença-cuidado; o saber pensar e o saber sentir; a medicalização e sua problematização; o tempo cronológico e o tempo de qualidade; o diagnóstico clínico e o diagnóstico relacional; o indivíduo e a pessoa; a conduta terapêutica e o desafio do cuidar; por fim, o caos e a criação. Conclusão: A formação é um dos eixos fundamentais para a transformação pela perspectiva da integralidade. A disciplina de Psicoterapia de Grupo promove integração: aprender fazer (ensino), saber fazer (assistência) e saber conviver (comunidade).

Educação em Saúde;Psicoterapia de Grupi; Residência