Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SER MULHER, DOCENTE E MÃE: AS REPRESENTAÇÕES FEMININAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Camila Almeida Neves de Oliveira, Adriana Alves da Silva, Edilson Rodrigues de Lima, Eduarda Maria Duarte Rodrigues

Resumo


O histórico feminino no mercado de trabalho brasileiro está sendo embasado essencialmente em dois quesitos: a redução do percentual de fecundidade e a ampliação no grau de educação dessa população. Aliado a esses fatores estão a crescente inserção da mulher no setor público e a ampliação dos seus rendimentos. Assim sendo, a mulher da atualidade, que dissolveu preconceitos e irrompeu uma forte estrutura, nem de longe tem o mesmo perfil daquelas que encontravam contentamento aos afazeres do lar. Objetivo: Investigar os significados que as mulheres atribuem ao ser mulher, profissional e mãe na atualidade. Métodos: Pesquisa exploratório-descritiva com abordagem qualitativa, realizada com 16 docentes do sexo feminino de uma instituição de ensino superior da Região Centro-Sul do Estado do Ceará. Aplicaram-se questionários de março a maio de 2011 mediante aprovação pelo Comitê de Ética sob o Parecer Nº 05/2011. Resultados: Quando referentes à categorização dos sujeitos apreendemos que as docentes encontram-se predominantemente na faixa etária de 25 a 30 anos, são solteiras, pós-graduadas, possuem 2 empregos e trabalham em torno de 40 horas semanais. Os resultados evidenciaram que é unânime a mudança de pensamentos ao comparar-se às gerações anteriores. A trajetória das mulheres está marcada por novas expectativas e anseios, apesar de incorporados antigos valores como a aspiração de constituir uma família. Sobretudo, torna-se evidente que o exercício da profissão não aparece nos seus discursos como uma preferência, porém, como algo que já permanecia associado à educação recebida. Essa perspectiva de independência, proporcionada pela estabilidade financeira, parece caracterizar-se como o tema que mais passou por transformação quando referente ao espaço que ocupa na história dessas mulheres. É notório que a mulher vem ao longo do tempo assimilando e acumulando atividades anteriormente caracterizadas pelo sexo masculino. No entanto, a recíproca não é verdadeira, já que os homens ainda não atentaram para a importância da divisão de tarefas. Conclusão: Destarte, há incontáveis perspectivas de se enxergar os modos de ser feminina, e com base nas diversas mentalidades presentes neste estudo pode-se entender que em virtude das várias funções e papéis os quais a mulher está ambicionando, não existe um único molde a ser trilhado, e muito menos uma definição que a contemple em sua totalidade.

Palavras-chave


Mercado de Trabalho; Feminino; Pesquisa Qualitativa

Referências


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