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Caracterização do Problema: No Brasil, a saúde mental na perspectiva da atenção psicossocial, com visíveis resultados e significativa ampliação dos serviços substitutivos ao modelo asilar e sua interface com a Estratégia Saúde da Família (ESF), ainda concentra poucos investimentos financeiros e sofre com a escassez de recursos humanos qualificados. Circunscrevem-se os reflexos de tal realidade entre os municípios de pequeno porte. O município, lócus de nossa experiência, localiza-se na região oeste do Rio Grande do Norte e até o momento não dispõe de nenhum serviço especializado em saúde mental implantado, contrastado pelo número elevado de usuários com transtornos mentais que fazem uso controlado de psicofármacos e deslocam-se para outros municípios em busca de tratamento. Evidencia-se, dessa forma, a precariedade da atenção psicossocial nas diferentes manifestações psicopatológicas, estando, portanto, restritas as ações gerais das equipes da ESF. Descrição da Experiência: Trata-se de uma experiência envolvendo gestão e saúde mental no município de Caraúbas/RN, entre os anos de 2011 e 2012. Apoiou-se no referencial teórico do planejamento estratégico situacional. Projeto de intervenção com as seguintes proposições: implementar ações e atividades no trabalho em saúde mental; realizar cursos de aperfeiçoamento para os profissionais de saúde; criar grupos educativos em saúde mental nas unidades de saúde da família; e (re)organizar uma rede de serviços em saúde priorizando a saúde mental. Efeitos alcançados: Traçou-se a matriz programática das ações do projeto com base nos recursos necessários e disponíveis, das metas a serem alcançados, dos recursos, do tempo previsto e dos responsáveis de cada etapa. Definiu-se um cronograma para as etapas: a) Encontro com a equipe dos profissionais que compõem a Secretaria Municipal de Saúde; b) Elaboração e divulgação do projeto; c) Execução das etapas e atividades programadas; e) Avaliação e implementação de ações. Recomendações: Assim, as ações pensadas nesse projeto foram executas e continuam em processo de implementação. O fato de mobilizar a gestão, os profissionais de saúde e a própria sociedade civil, parceria indispensável do controle social per si gera práticas e saberes a partir de um problema compartilhado, onde se ampliam a compreensão do processo saúde doença e das possibilidades para desenhar novas alternativas para a promoção da saúde no contexto local.

Gestão em saúde; Saúde Mental; Planejamento estratégico