Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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GRUPO HUMANO, DEMASIADAMENTE HUMANO
Adriana Bandeira

Resumo


Caracterização do problema: a assistência aos pacientes de um hospital pode e deve ser feita de forma humanizada. Parece redundante humanizar o humano, mas nas práticas, é comum deixar de lado este certo reconhecimento de que somos o outro. O grupo de humanização teve seu início depois de seis meses de formação, tornando-se o primeiro grupo de Educação Permanente do hospital Montenegro. Descrição da Experiência: O grupo de humanização teve seu início depois de seis meses. Foi um grupo em formação e de formação. No processo levou-se em conta: momento do si mesmo: dois meses; momento da compreensão de si e do outro: dois meses; momento da conclusão: mais dois meses. Funcionários dos diversos setores estiveram conversando, participando de atividades, de reflexões para, ao final, proporem projetos para a humanização dos aspectos da assistência e das relações de trabalho. Foram considerados “formados” os que apresentaram projetos a serem desenvolvidos. Os projetos foram: Grupo de teatro da instituição, com funcionários; grupo para trabalhar o tom de voz e forma de falar, nos setores do hospital; grupo dos aniversários, que estarão nos setores parabenizando e entregando uma lembrancinha aos pacientes e funcionários que estão de aniversário; grupo das datas comemorativas, que estará lembrando dos dias: do eletricista, do médico, da enfermeira e outros; projeto “ternura”, um personagem que estará passeando (irreconhecível), uma hora por semana pela instituição, entregando brindes trazidos na sua mala intitulada “ coisas do coração”. Ao final de sua uma hora, escreverá no diário de bordo, onde foi, o que fez e entregará sua roupa à outra pessoa, escolhida pelo colega, para na próxima semana continuar o trabalho. Efeitos alcançados e recomendações: O grupo de humanização, pensado como grupo de Educação Permanente, faz valer a verdade de cada um como dispositivo para propor e realizar algo, sendo esta a melhor forma de reconhecimento deste “humano, demasiadamente humano”. É a arte do protagonismo porque somos autores do que fazemos e do que deixamos de fazer. As ações de humanização vindas de cada um determinam uma mudança subjetiva e de desejo, passível de resgatar o sujeito na sua possibilidade. O II grupo de humanização já tem 30 inscritos. Isso desencadeia, perpetua e integra a ação ao reconhecimento da necessidade, a razão ao desejo, o humano às pessoas, porque causa adoecimento não poder ser gente.

Palavras-chave


humanização; grupo; hospital