Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DISCUTINDO A INSERÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS
Rosangela da Luz Matos, Gerfson Moreira Oliveira, Matheus Freire de Lima e Souza, Naiara Silva Aragão Farias, Miriam Pinillos Marambaia, Tarcísio Matos Andrade

Resumo


Este relato apresenta as práticas em serviço ofertadas aos residentes médicos do programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade da Escola de Saúde Pública da Bahia junto ao Centro de Atenção Psicossocial Gregório de Mattos para álcool e outras drogas, no período de 2012 e 2013. O serviço está localizado no centro histórico de Salvador e caracteriza-se como um dispositivo docente-assistencial resultado de parceria entre a Secretaria de Saúde do Estado/Bahia e a Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA. A inserção dos médicos residentes no CAPSad é uma atividade pedagógica curricular obrigatória e objetiva a integração da clínica psicossocial com a estratégia saúde da família. Entre as atividades desenvolvidas estão os atendimentos individuais, participação em grupos de saúde e oficinas terapêuticas de diferentes abordagens e objetivos, visitas domiciliares e de campo, participação em reuniões técnicas e discussão de projetos terapêuticos singulares, articulação interinstitucional, matriciamento, desenvolvimento de projetos de intervenção e participação em assembleias. Do ponto de vista da construção do conhecimento este campo de pratica tem possibilitado a compreensão dos paradigmas da abstinência e da redução de danos, das políticas sobre drogas no Brasil, da clinica ampliada das toxicomanias, maior aproximação da assistência às pessoas em situação de rua e em condições de extrema vulnerabilidade psicossocial, aperfeiçoamento do manejo de crise e conflitos, acompanhamento e desenvolvimento de planos terapêuticos com foco na dimensão psicossocial, compreensão da influencia dos aspectos socioculturais e territoriais no processo saúde-doença e vivência da prática do controle social a partir das reuniões comunitárias e assembleias dos usuários. Os aspectos que necessitam de aperfeiçoamento estão relacionados com ampliação das horas de atividades no serviço e supervisão, aprofundamento teórico sobre a relação da clínica psicossocial com a estratégia saúde da família, participação dos residentes em processos de gestão e maior articulação com a rede de cuidado às pessoas que fazem uso prejudicial de drogas. Nos aspectos positivos salienta-se a aprendizagem no contato com usuários e familiares, equipe, com outros estudantes e com situações-problema que permitem agregar, ao conhecimento de especialista, a prática multiprofissional integrada ao território, em rede e a incorporação de uma sensibilidade para às dimensões ético, política e econômico social.

Palavras-chave


medicina de família e comunidade, saúde mental, álcool e outras drogas, CAPS ad