Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DO ACOLHIMENTO DOS ACOMPANHANTES NA ÁREA AZUL DO HOSPITAL DE URGÊNCIA DE SERGIPE
Áquila Talita Lima Santana, Jones de Carvalho, André Faro, Vanessa Nascimento Mendonça, Maria do Carmo de Oliveira Ribeiro

Resumo


O Plano de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-SAÚDE)/Redes de Urgência e Emergência(RUE) objetiva subsidiar mudanças no processo ensino-aprendizagem,repensando a prática de trabalho em equipe multiprofissional com contribuição para a formação acadêmica voltada às necessidades de saúde da população com base na Política Nacional de Atenção as Urgências e Emergências. A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir” (FERREIRA, 2005). Para Neves et al. (2010) o acolhimento está presente em todas as relações e encontros que fazemos na vida. O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém. É exatamente no sentido da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004). Articulando-se à proposta do PET-SAÚDE, o presente trabalho objetivou analisar como está sendo feito o processo de acolhimento dos acompanhantes dos pacientes da Área Azul do pronto socorro do Hospital de Urgência de Sergipe (PS-HUSE), detectar os problemas, como também identificar possíveis fatores causais e intervenções viáveis. Esse trabalho foi desenvolvido a partir da técnica de observação participante na Área Azul do PS-HUSE e de rodas de problematização e discussão entre os autores. Os resultados obtidos em nosso trabalho evidenciaram que o processo de acolhimento dos acompanhantes como previsto na PNHAH não ocorre nessa área do PS-HUSE, pois eles são mantidos em condições de desconforto, não recebem as informações necessárias e são expostos tanto a situações de risco quanto a conflitos emocionais. Para a explicação desse problema foram detectados níveis material, organizacional, estrutural, subjetivo, relacional e institucional e, frente a eles, apontaram-se propostas de ação vinculadas ao problema. Enfim, não basta garantir o direito que o paciente tenha um acompanhante, é preciso garantir espaços que possam acomodá-los e acolhê-los, sendo preciso criar novas formas de agir em saúde que levem a atenção humanizada e acolhedora aos usuários dos serviços de urgência, sejam eles pacientes ou acompanhantes.

Palavras-chave


acolhimento; Acompanhantes; Redes de Urgência e Emergência

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde. 2001.

FERREIRA, A. B. de H.. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. 214.

Brasil.Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Acolhimento com classificação de risco. Brasília, 2004. (Série Cartilhas da PNH).

Brasil.NEVES,C.A.B.;HECKERT,A.L.C..Micropolítica do Processo de Acolhimento em Saúde.Estudos e Pesquisas em Psicologia,UERJ,RJ,Ano 10,n.1,p 151-168.