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Trata-se do relato de experiência da aplicação do Planejamento Estratégico Situacional (PES) no Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). No contexto universitário, observa-se que planejar desponta como um exercício que requer atividades de maior ou menor complexidade no cotidiano do trabalho. Destaca-se o PES como um método que permite a explicação de um problema, a partir da visão dos participantes que o declaram, da identificação das prováveis causas e da busca por distintos modos de abordar e propor soluções. Processar um problema implica em elucidar como ele desponta e como se amplia, em fazer planos para suprimir as suas causas, em avaliar e arquitetar a viabilidade política das soluções. Isso corresponde a ter uma visão real das situações, sem generalizá-las, para a sua precisa descrição e para expor as propostas de solução. Considerando estes aspectos, e tomando como pressuposto que o PES é uma alternativa para o desenvolvimento da eficácia e eficiência dos processos de ensino na educação superior, realizou-se o PES como ferramenta nos espaços de gestão compartilhada, como é o caso da UDESC. O PES contou com a participação dos docentes, discentes, técnicos administrativos e gestores, foi aprovado pelo Colegiado Pleno do Departamento de Enfermagem e implementado em agosto de 2012. As etapas do PES foram adaptadas ao cenário do ensino superior como ferramenta de orientação e gestão coletiva, permitindo revelar um retrato mais próximo da realidade, das condições pedagógicas e administrativas, bem como do ensino, da pesquisa, da extensão, revelando as potencialidades e desafios do Curso. O PES foi pensado de forma sistemática e organizada, pressupondo a criação de uma “cultura institucional” voltada para o planejamento estratégico de ações a curto, médio e longo prazo e, por conseguinte, em resultados e impactos nesta mesma cronologia, e foi reavaliado em julho de 2013. Pode-se concluir que o PES é um instrumento que prioriza as ações de acordo com a capacidade real de execução, permitindo a governabilidade em concordância com os recursos material, humanos e financeiros disponíveis na Instituição de Ensino Superior. Desse modo, revela-se um instrumento singular e apropriado para melhor conduzir a gestão do ensino, com vista a amenizar as dificuldades dessa realidade e promover o potencial de seus participantes, bem com trazê-los para realidade com foco nas possíveis estratégias de intervenção e mudança.

Ensino; Enfermagem; Planejamento estratégico.