Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Bruna Bárbara Fernandes Moura, Adriano Rodrigues de Souza, Aline Rodrigues Feitoza, Elitaianne Keite Moreira de Sousa, Virna Ribeiro Feitosa Cestari, Giovanna Ciarlini Leite, Jéssica de Lima Paulino, Marcela Fontenele dos Santos, Tássya Mikaelle Almeida Dantas Opstad, Regina Célia Carvalho da Silva

Resumo


O aleitamento materno (AM) ocupa lugar de destaque entre as ações básicas de saúde recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, por ser a estratégia que mais previne doenças e mortes infantis (SANGALLI;HENRIQUES; OLIVEIRA; VENÂNCIO; NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). Neste contexto nos perguntamos: quais as politicas de saúde para a área do aleitamento materno?. Espera-se que esse estudo possa contribuir para a prática de enfermagem e para os demais profissionais da saúde no estimulo ao aleitamento materno. OBJETIVO: Descrever as políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno implantadas no Brasil. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, que utilizou os descritores: políticas públicas em saúde, aleitamento materno e saúde da criança. A busca ocorreu em setembro de 2013, nas bases de dados SciELO, BDENF e LILACS e resultou em 44 estudos, dos quais 13 foram analisados. RESULTADOS: A predominância dos artigos publicados ocorreu no ano de 2010, com 23,1% (3). Quanto aos periódicos, 69,2% (9) era interdisciplinares e 30,8% (4) da Enfermagem. O desmame precoce cresceu no mundo a partir da revolução industrial, motivado pelo aperfeiçoamento das técnicas de esterilização do leite da vaca, pela entrada da mulher no mercado de trabalho, o marketing dos leites artificiais e a ideologia incorporada de que o leite materno não era o melhor para a criança (VENÂNCIO;NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). O valor do AM é inquestionável para a saúde da criança, contudo, verifica-se que sua importância não é devidamente reconhecida pela população e pelos profissionais da saúde. No Brasil, as políticas públicas de incentivo ao AM intensificaram-se dos anos 1980. Intensificou-se com a Declaração de Innocenti, que incentivou o Hospital Amigo da Criança (IHAC), que tem por objetivo o resgate do direito da mulher a aprender e praticar a amamentação seguindo os dez passos para o Aleitamento Materno (SOUZA; SANTO; GIUGLIANI, 2010). O Projeto Carteiro Amigo da Amamentação, no Ceará em 1996, retrata a parceria entre o sistema de saúde e a empresa de correios e telégrafos, capacitando os carteiros no conhecimento da Amamentação (MOREIRA; LOPES, 2007). O Projeto Bombeiros da Vida, criado em 2002, tem por objetivo aumentar os estoques de leite humano com a estratégia de coleta domiciliar (REIS et al., 2008). Em 2007, ocorreu à criação da Rede Amamenta Brasil, uma estratégia para a abordagem do AM na Atenção Básica (VENANCIO;NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). E, finalmente, a rede cegonha, tem seus princípios fundamentados na humanização e assistência de mulheres, recém-nascidos e crianças. CONCLUSÃO: Os estudos analisados mostraram a prevalência de estudos qualitativos. Os estudos ainda evidenciaram que o governo brasileiro busca a promoção, proteção e recuperação do AM como proteção a saúde da criança.

Palavras-chave


políticas; aleitamento materno; saúde da criança

Referências


SANGALLI C.N.; HENRIQUES, F.N.;OLIVEIRA, L.D. A influência das avós no aleitamento materno exclusivo. Rev HCPA, v.30, n.2, p.153-60, 2010.VENANCIO, S.I.; NOGUEIRA-MARTINS,M.C.F.; GIUGLIANI, E.R.J. Reflexões sobre a trajetória do aleitamento maternono Brasil e suas interfaces com o movimento pela Humanização do Parto e Nascimento com a Política Nacional de Humanização. Rev Tempus Actas Saúde Col., v.4, n.4, 2010.SOUZA, C.B.; SANTO, L.C.E.; GIUGLIANI,E.R.J. Politique publique de soutien à l’allatement maternel: l’expérience duBrésil. La Santé de L’Homme, n.408,p.34-6, 2010.MOREIRA, M.A.; LOPES, R.L.M.Amamentação: aspectos históricos das políticas públicas brasileiras. OBJN, v.6, n.2, 2007.