Tamanho da fonte:
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Resumo
O aleitamento materno (AM) ocupa lugar de destaque entre as ações básicas de saúde recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, por ser a estratégia que mais previne doenças e mortes infantis (SANGALLI;HENRIQUES; OLIVEIRA; VENÂNCIO; NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). Neste contexto nos perguntamos: quais as politicas de saúde para a área do aleitamento materno?. Espera-se que esse estudo possa contribuir para a prática de enfermagem e para os demais profissionais da saúde no estimulo ao aleitamento materno. OBJETIVO: Descrever as políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno implantadas no Brasil. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa, que utilizou os descritores: políticas públicas em saúde, aleitamento materno e saúde da criança. A busca ocorreu em setembro de 2013, nas bases de dados SciELO, BDENF e LILACS e resultou em 44 estudos, dos quais 13 foram analisados. RESULTADOS: A predominância dos artigos publicados ocorreu no ano de 2010, com 23,1% (3). Quanto aos periódicos, 69,2% (9) era interdisciplinares e 30,8% (4) da Enfermagem. O desmame precoce cresceu no mundo a partir da revolução industrial, motivado pelo aperfeiçoamento das técnicas de esterilização do leite da vaca, pela entrada da mulher no mercado de trabalho, o marketing dos leites artificiais e a ideologia incorporada de que o leite materno não era o melhor para a criança (VENÂNCIO;NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). O valor do AM é inquestionável para a saúde da criança, contudo, verifica-se que sua importância não é devidamente reconhecida pela população e pelos profissionais da saúde. No Brasil, as políticas públicas de incentivo ao AM intensificaram-se dos anos 1980. Intensificou-se com a Declaração de Innocenti, que incentivou o Hospital Amigo da Criança (IHAC), que tem por objetivo o resgate do direito da mulher a aprender e praticar a amamentação seguindo os dez passos para o Aleitamento Materno (SOUZA; SANTO; GIUGLIANI, 2010). O Projeto Carteiro Amigo da Amamentação, no Ceará em 1996, retrata a parceria entre o sistema de saúde e a empresa de correios e telégrafos, capacitando os carteiros no conhecimento da Amamentação (MOREIRA; LOPES, 2007). O Projeto Bombeiros da Vida, criado em 2002, tem por objetivo aumentar os estoques de leite humano com a estratégia de coleta domiciliar (REIS et al., 2008). Em 2007, ocorreu à criação da Rede Amamenta Brasil, uma estratégia para a abordagem do AM na Atenção Básica (VENANCIO;NOGUEIRA-MARTINS; GIUGLIANI, 2010). E, finalmente, a rede cegonha, tem seus princípios fundamentados na humanização e assistência de mulheres, recém-nascidos e crianças. CONCLUSÃO: Os estudos analisados mostraram a prevalência de estudos qualitativos. Os estudos ainda evidenciaram que o governo brasileiro busca a promoção, proteção e recuperação do AM como proteção a saúde da criança.
Palavras-chave
políticas; aleitamento materno; saúde da criança
Referências
SANGALLI C.N.; HENRIQUES, F.N.;OLIVEIRA, L.D. A influência das avós no aleitamento materno exclusivo. Rev HCPA, v.30, n.2, p.153-60, 2010.VENANCIO, S.I.; NOGUEIRA-MARTINS,M.C.F.; GIUGLIANI, E.R.J. Reflexões sobre a trajetória do aleitamento maternono Brasil e suas interfaces com o movimento pela Humanização do Parto e Nascimento com a Política Nacional de Humanização. Rev Tempus Actas Saúde Col., v.4, n.4, 2010.SOUZA, C.B.; SANTO, L.C.E.; GIUGLIANI,E.R.J. Politique publique de soutien à l’allatement maternel: l’expérience duBrésil. La Santé de L’Homme, n.408,p.34-6, 2010.MOREIRA, M.A.; LOPES, R.L.M.Amamentação: aspectos históricos das políticas públicas brasileiras. OBJN, v.6, n.2, 2007.