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CONTRIBUIÇÕES DO CURSO DE FORMAÇÃO DE MEDIADORES DE APRENDIZAGEM PARA A (RE)ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL E AS PRÁTICAS NO SUS
Resumo
Caracterização do problema: A formação dos profissionais de saúde tem permanecido distante à organização da gestão setorial e ao debate crítico sobre os sistemas de atenção à saúde, mostrando-se pouco conexa ao controle social, que originou o SUS. Com instituições formadoras que ainda perpetuam modelos conservadores de ensino-aprendizagem, centrados nas ações técnico-científicas altamente especializadas. Nesse contexto o Curso de Formação de Mediadores de Aprendizagem (CFMA), realizado pela escola Estadual de Saúde Pública (EESP-BA), atribui papel ao protagonismo estudantil nos processos de mudanças das práticas em saúde, compreendendo a reorientação na formação dos estudantes da saúde como uma necessidade para a reorganização do setor. Descrição da Experiência: O curso foi realizado com estudantes da área de saúde que participaram da 5ª edição do Estágio de Vivências no SUS do Estado da Bahia (EVSUS-BA) na condição de estagiários, ao longo de quatro meses (de agosto à novembro de 2013), com seis encontros presenciais aos sábados e encontros à distância ao longo da semana, por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem. O curso apresentou eixos temáticos referentes à políticas de saúde, modelos de atenção, gestão, regionalização, controle social e reorientação da formação em saúde. Contou com a participação de profissionais de referência nos temas, para explanarem sobre o conteúdo de modo dialogado e estimulando a participação dos estudantes. Ao fim dos encontros presenciais era realizada a divisão de grupos para elaboração de produtos finais para a sistematização do conhecimento. Efeitos alcançados: O curso foi um meio de sensibilização e construção de um pensamento crítico e propositivo sobre a realidade do cuidado, gestão na saúde e da formação profissional; capacitação dos estudantes para condução de processo de aprendizagem de outros estudantes; possibilitou a troca de experiências entre os estudantes; ampliação do entendimento da dimensão do SUS e formação de militantes para o SUS. Recomendações: Espera-se que estratégias de (re)orientação de formação como essa sejam frequentes, para envolver maior número de estudantes, afinal é por meio de processos educativos como esses que grandes mudanças dentro do SUS são alcançadas; reorganização da gestão setorial e estruturação do cuidado à saúde; reformulação dos currículos da Universidades que abordem o contexto sócio-político do SUS, afim de formarem trabalhadores para o Sistema Público de Saúde.
Palavras-chave
Educação; Aprendizagem baseada na experiência; educação em saúde